Desde 1995, o Estado de São Paulo tem tido uma sequência de governos tucanos, por onde passaram, Mário Covas, Geraldo Alckimin e José Serra.
Foi o tempo suficiente para aniquilar com o patrimônio paulista, desvalorizar o funcionalismo público e precarizar os setores da saúde, educação e habitação. Além disso, a segurança pública é questionável, devido a sua incapacidade de combate ao crime, principalmente frente às organizações criminosas instaladas no estado.
Desta forma, é importante a compreensão sobre o que se passa em São Paulo, cuja população insiste em eleger candidatos tucanos, sem muitas vezes ter a dimensão de que está ajudando a aprofundar ainda mais os problemas existentes no estado.
Abaixo, alguns dados a respeito dos 15 anos de administração tucana em São Paulo:
15 – Saneamento insuficiente e ineficaz:
Abastecimento de Água: O fornecimento de água não é universal e existem áreas não abastecidas. A Sabesp produz 100 mil litros por segundo, com perda de 27,7% do volume por vazamentos e fraudes
Esgoto: Do esgoto produzido apenas 38% é tratado e mesmo onde não há tratamento é cobrado. Há 157 municípios, com uma população de 9 milhões de pessoas, sem qualquer tratamento de esgoto.
Política de Saneamento: O Estado não tem uma política de saneamento básico, sendo que pequenos municípios ficam completamente desassistidos.
16 - Segurança Pública:
Não existe uma política definida para a área da segurança pública.
Policiais: Desmotivados pelos baixos salários e pela falta de condições de trabalho, levando a um crescente aumento no número de policiais fazendo “bico”. Além disso, a corrupção está cada vez maior na polícia civil e a violência da polícia militar aumenta. O salário de delegado em São Paulo (R$ 5.534,52) é menor do que de vários estados, tais como: Rio de Janeiro (R$ 6.895), Piauí (R$ 7.141,50), Mato Grosso do Sul (R$ 7.370) e Sergipe (R$ 8.469), ocupando a 19ª posição entre as unidades da federação.
Criminalidade: Incapacidade de prevenção amplia o crescimento do número de crimes e a superlotação dos presídios. As facções criminosas continuam no comando do crime organizado a partir dos presídios. A elucidação dos crimes de autoria desconhecida é muito baixa (polícia judiciária deficiente).
Investimentos: Os gastos da Secretaria de Segurança Pública de SP representavam 10% do Orçamento do Estado em 2003, e diminuiu para 7,67% em 2008.
17 - Educação que não ensina
Ensino e estrutura: A insuficiência de infraestrutura e material didático precariza o ensino público. Além disso, a promoção automática faz com que o aluno não seja mais reprovado, desqualificando o ensino dos alunos. Faltam recursos do Estado para as escolas técnicas e ensino superior.
Analfabetismo: Cerca de 18% dos jovens com mais de 15 anos são analfabetos ou analfabetos funcionais. Cerca de 13% dos jovens estão fora da escola.
Professores: Houve uma ampliação no número de professores temporários (46,4%) na rede estadual de ensino, em detrimento dos professores efetivos. Além disso, os professores sofrem com o arrocho salarial, sistema de bônus e gratificações. Os professores ganham menos por hora aula (R$ 11,47) que o de outros estados, tais como: Roraima (R$ 24,19), Maranhão (R$ 20,39), Tocantins (R$16,71), Pará (R$ 13,50), ocupando a 14ª posição entre os estados da federação.
18 - $aúde para pouco$
O governo de São Paulo não implementa as políticas nacionais, como PSF, SAMU e UPAs e não apóia os municípios inclusive na saúde coletiva (dengue, enchentes). Na questão do SAMU, por exemplo, o Estado não repassa os 25% que lhe cabe, e aonde existe, é por que o município arca com os 25% município mais os 25% do Estado (lembrar que o SAMU é custeado por 50% Governo Federal + 25% Município + 25% Estado). O atendimento de média complexidade (exames, especialidades e cirurgias) é precário e demorado.
A administração de 23 Hospitais, todos os laboratórios e mais de duas dezenas de ambulatórios especializados foram terceirizadas para Organizações Sociais e Instituições Parceiras (OSCIP’s), com dispensa de licitação e com mecanismos insuficientes de fiscalização. Na realidade, transformaram a administração que era pública para privada, disfarçada como OSCIP. Além disso, foi aprovada legislação que permite a terceirização de equipamentos já existentes.
Desvio de Recursos da Saúde: De 2001 a 2009, em desrespeito a EC 29/2000, o governo não aplicou R$ 3,6 bilhões em saúde, valor suficiente para construir 72 hospitais de 250 leitos.
19 - A Propaganda cresce
Despesas de publicidade: Em 2006, as despesas de publicidade foram de R$ 48.941. Em 2009, as mesmas despesas subiram para R$ 292 mil. Ou seja, em três anos o Governo de São Paulo ampliou as despesas de propaganda em mais de seis vezes (600%).
Fonte: Liderança do PT na Alesp – maio de 2010