Texto de Mauro Nunes
Normas,
regras feitas para adultos, regulamentos e programas a cumprir sobre os quais
eles não tiveram nenhuma participação são os grandes inibidores e destruidores
da criatividade. E da inteligência natural, presente em cada pergunta formulada
por uma criança.
Preserva-se
a questionável autoridade de professores de gerações passadas – e, muitas vezes
não atualizados – de inibir e tolher a curiosidade e o espírito pesquisador do
jovem.
Segundo as famigeradas
normas, perguntas só dentro do texto que o professor leu. Respostas somente
àquelas que estão nos livros adotados ou na cabeça do professor. Fora disso é
heresia e o jovem pode receber o castigo da inquisição.
Um passeio
pela história registra o curioso fato de que os gênios estão escasseando. Dos
filósofos gregos, com Aristóteles, Sócrates e Platão, passando pelo
renascimento, com Leonardo Da Vinci, Gutenberg, Michelangelo, até o século das
invenções, com Thomas Edison, Albert Einstein, Isaac Newton e outros.
É como se o
coeficiente de genialidade venha declinando na medida em que se fortalece a
estrutura do sistema de ensino convencional. É uma curiosidade a ser explorada
pelos especialistas.
Em que
momento perdeu-se no tempo a capacidade de formular perguntas e nos
concentramos nas respostas?
Em nome da
humanidade, da evolução, do crescimento das novas gerações, os jovens precisam
resgatar urgentemente a sua capacidade de fazer perguntas, de serem
instigadores do debate e das discussões em torno do atual, convencional,
retrógrado e fossilizado sistema de ensino.
Aos
professores o alerta de que a mesmice e o quase intocável paradigma de que a
educação é confinada às escolas demandam urgente reflexão.
Afinal já
começa a se consumar a previsão feita por Peter Drucker em 1996 “A função
docente consistirá muito mais em orientar, dirigir e motivar do que em
transmitir informações”.
Sem o
conforto do emprego ao concluir seus cursos os jovens precisam estar preparados
para construir seu próprio futuro. Muitas vezes eles sabem as perguntas certas,
mas, são tolhidos como estorvo pelo professor inconsciente.
O professor
de antigamente que enfileirava seus alunos e ainda enfileira em carteiras
formando as chamadas “filas indianas”, assumia atitude de autoridade suprema e
castigava os “mal comportados” estão com seus dias contados.
Uma rápida
navegação na Internet – onde se tem tudo que o professor diz aos alunos é
suficiente para perceber que o fluxo de conhecimentos mudou, os alunos mudaram
e os professores não atinaram para o “pequeno” e poderoso detalhe.
Bem que a
colaboração de um professor-consultor nessas horas seria de extrema valia. Este
é o novo papel do docente, seja do primeiro ou do terceiro grau.
Fonte:
www.administradores