Texto de Marcos Hiller
Quando nosso amigo Mark
Zuckerberg criou o Facebook em um simples dormitório de Harvard, ele não criou
um site para conectar as pessoas. Cá entre nós, ele criou uma mídia.
Uma potente mídia que hoje atinge
mais de 1 bilhão de usuários e onde as marcas, por exemplo, se apropriam desse
espaço comunicacional para tentar construir histórias relevantes e com isso
seduzir e arrebanhar consumidores. Ou seja, criam uma fanpage, investem em
design, desenvolvem um planejamento de conteúdo e, com isso, criam mais um
“touch point” de conexão com os seus mais diversos públicos.
Mas, de novo, o que Zuckerberg
criou ali foi uma mídia a serviço de agências de publicidade e de anunciantes
com gordos orçamentos de marketing para atingir suas respectivas metas de
vendas, engajamento, reputação, envolvimento, likes ou como queira chamar.
E quando se cria uma mídia, ainda
mais no ecossistema digital que habitamos, é preciso que se pense em como
ganhar enormes volumes de dinheiro com aquilo. E, no final do ano passado, o
Facebook arquitetou uma manobra que gerou críticas por todo o mundo.
Ele virou uma chave e, de uma
hora para outra, apenas uma pequena fração de usuários passou a enxergar os
posts que uma marca publicava em sua fanpage. Há quem diga que míseros 16% de
nossos “curtidores” veem o que nossa marca publica. Quer que mais usuários (ou
“likers”) visualizem uma publicação de uma promoção, ou foto ou frase do dia? É
muito simples? Pague!
Vou usar uma analogia terrível
aqui nesse texto, mas é exatamente assim que enxergo essa polêmica manobra do
judeu neo-liberal Zuckerberg. Ele fez o
papel de um traficante que tenta viciar seus usuários com um baseadinho grátis
e vai viciando e vai oferecendo drogas mais leves de forma gratuita.
Depois que o usuário está
devidamente viciado, o traficante aparece com drogas mais potentes, mais
atraentes, que dão mais barato, e não cobra pouco por isso. E guardada as
proporções dessa triste analogia que fiz, foi exatamente assim que muitas
marcas se sentiram. Começam a pagar e a investir alto para poder conversar com
um número cada vez maior de fãs.
Fonte: administradores.com.br