segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Noções sobre as eleições 2010

Papel do Presidente da República
O Presidente da República é o chefe do poder executivo federal. A ele cabe coordenar as atividades administrativas do Estado Federal (União), fazer com que as leis e decisões judiciais sejam cumpridas. É o elo com os demais poderes do Estado (vale a observação de que o poder do Estado é uno e indivisível. Na verdade o que existe é a divisão das funções do poder estatal em legislativa, executiva e jurisdicional)

Papel do Congresso Nacional
O Congresso Nacional é a entidade brasileira responsável por exercer o Poder Legislativo (elabora as leis que regulam o Estado) na esfera federal. Como um dos Poderes do Estado, compete a ele exercer duas atividades principais: legislar e fiscalizar os demais poderes.

O Congresso Nacional é bicameral, ou seja, é composto por duas casas: o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. O Senado representa os Estados, membros da nação; seus membros são eleitos pelo sistema majoritário. Já a Câmara representa o povo, sendo os seus membros eleitos pelo sistema proporcional.
Os membros do Congresso Nacional, também conhecidos como congressistas ou parlamentares, são os senadores e deputados federais.

Papel dos Senadores
Desde a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, em 1988, o Senado Federal tem a prerrogativa constitucional de fazer leis e de fiscalizar os atos do Poder Executivo.

O Senado Federal compõe-se de 81 senadores. Ao todo, são eleitos três senadores por unidade federativa (estados e Distrito Federal). Os senadores são eleitos segundo o princípio do voto majoritário, com mandato de oito anos. A representação de cada estado e do Distrito Federal é renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. Cada senador é eleito com dois suplentes.

A duração do mandato do senador é de oito anos. Ele corresponde a duas Legislaturas. Cada Legislatura corresponde ao período de quatro anos composto por quatro sessões legislativas. Uma sessão legislativa corresponde ao tempo de trabalho parlamentar durante o ano.


Papel do Deputado Federal
O deputado federal é o representante do povo, na integração da sociedade; a sua representação tem o caráter de representação nacional embora estejam presos à sua base de sustentação política. Não há, no direito eleitoral brasileiro, a representação distrital, todavia, à exceção de poucos deputados federais que recebem votos em toda a circunscrição do Estado ou do Distrito Federal, a maioria vive em função de seu colégio eleitoral, atendendo à sua clientela política a par das suas obrigações de parlamentar afeito ao interesse nacional.

Atualmente, são quinhentos e treze deputados federais: seu número é estabelecido em lei complementar, no ano anterior às eleições, proporcionalmente à população, não tendo nenhuma representação dos Estados ou do Distrito Federal, menos de oito nem mais de setenta membros. Isto para assegurar a distribuição da força parlamentar que, entretanto, não ocorre: os estados membros, de pequena população, relativamente, têm bancada maior na Câmara dos Deputados, resultando que o voto de um cidadão de Estados menos populosos acaba valendo mais que os dos Estados mais populosos. Seu mandato tem a duração de 4 anos, podendo se reeleger em eleições futuras quantas vezes quiser.

A Câmara dos Deputados tem, precipuamente, as funções legislativas, em conjunto com o Senado Federal, e fiscalizadora, principalmente por suas comissões parlamentares de inquérito, porém, a par de outras privativas, de autorizar a instauração de processo contra o Presidente, o Vice-Presidente e Ministros de Estado, de proceder à tomada de contas do Presidente e de eleger os membros do Conselho da República, ainda exerce outras atribuições como integrante do Congresso Nacional.

Os representantes dos estados e do Distrito Federal na Câmara dos Deputados estão assim distribuídos: São Paulo (70), Minas Gerais (55), Rio de Janeiro (44), Bahia (40), Rio Grande do Sul (30), Paraná (29), Pernambuco (24), Ceará (23), Pará (20), Maranhão (17), Santa Catarina (17), Goiás (16), Paraíba (10), Espírito Santo (10), Piauí (9), Alagoas (9), Rio Grande do Norte (9), Amazonas (9), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Sergipe, Rondônia, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima, todos esses com oito deputados cada um.


Papel do Governador
Governador é o cargo político que representa o poder executivo na esfera dos Estados e do Distrito Federal. É função do governador: a direção da administração estadual e a representação do Estado em suas relações jurídicas, políticas e administrativas, defendendo seus interesses junto à Presidência e buscando investimentos e obras federais. O governador do Distrito Federal, por ser um caso singular (município neutro), exerce certas funções que são cabíveis ao prefeito.

Papel do Deputado Estadual
O deputado estadual é o representante do povo no Estado. Ele é eleito pelo voto dentro do sistema proporcional – leva-se em conta a votação da legenda (partido ou coligação de partidos). O mandato é de quatro anos, e o parlamentar pode concorrer à reeleição quantas vezes quiser.

O deputado estadual tem a função de legislar e fiscalizar os poderes (o executivo, o judiciário e o próprio legislativo) no âmbito do Estado. Ele pode propor, emendar, alterar, revogar e anular leis estaduais. Também pode elaborar e emendar a Constituição do Estado. O deputado, além disso, tem a competência de julgar anualmente as contas prestadas pelo governador do Estado, criar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), além de outras competências estabelecidas na Constituição Federal e na Constituição Estadual.

As assembléias legislativas e a Câmara Legislativa do Distrito Federal terão um total de 1.057 parlamentares, assim distribuídos: São Paulo (94), Minas Gerais (79), Rio de Janeiro (68), Bahia (64), Rio Grande do Sul (54), Paraná (53), Pernambuco (48), Ceará (47), Pará (44), Maranhão (41), Santa Catarina (41), Goiás (40), Paraíba (30), Espírito Santo (30), Piauí (27), Alagoas (27), Rio Grande do Norte (27), Amazonas (27), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Sergipe, Rondônia, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima, todos esses com 24 deputados estaduais ou distritais cada um.

Fonte:TSE

sábado, 28 de agosto de 2010

A verdade que os Tucanos escondem IV

Desde 1995, o Estado de São Paulo tem tido uma sequência de governos tucanos, por onde passaram, Mário Covas, Geraldo Alckimin e José Serra.

Foi o tempo suficiente para aniquilar com o patrimônio paulista, desvalorizar o funcionalismo público e precarizar os setores da saúde, educação e habitação. Além disso, a segurança pública é questionável, devido a sua incapacidade de combate ao crime, principalmente frente às organizações criminosas instaladas no estado.

Desta forma, é importante a compreensão sobre o que se passa em São Paulo, cuja população insiste em eleger candidatos tucanos, sem muitas vezes ter a dimensão de que está ajudando a aprofundar ainda mais os problemas existentes no estado.

Abaixo, alguns dados a respeito dos 15 anos de administração tucana em São Paulo:

15 – Saneamento insuficiente e ineficaz:
Abastecimento de Água: O fornecimento de água não é universal e existem áreas não abastecidas. A Sabesp produz 100 mil litros por segundo, com perda de 27,7% do volume por vazamentos e fraudes

Esgoto: Do esgoto produzido apenas 38% é tratado e mesmo onde não há tratamento é cobrado. Há 157 municípios, com uma população de 9 milhões de pessoas, sem qualquer tratamento de esgoto.
Política de Saneamento: O Estado não tem uma política de saneamento básico, sendo que pequenos municípios ficam completamente desassistidos.

16 - Segurança Pública:
Não existe uma política definida para a área da segurança pública.

Policiais: Desmotivados pelos baixos salários e pela falta de condições de trabalho, levando a um crescente aumento no número de policiais fazendo “bico”. Além disso, a corrupção está cada vez maior na polícia civil e a violência da polícia militar aumenta. O salário de delegado em São Paulo (R$ 5.534,52) é menor do que de vários estados, tais como: Rio de Janeiro (R$ 6.895), Piauí (R$ 7.141,50), Mato Grosso do Sul (R$ 7.370) e Sergipe (R$ 8.469), ocupando a 19ª posição entre as unidades da federação.
Criminalidade: Incapacidade de prevenção amplia o crescimento do número de crimes e a superlotação dos presídios. As facções criminosas continuam no comando do crime organizado a partir dos presídios. A elucidação dos crimes de autoria desconhecida é muito baixa (polícia judiciária deficiente).
Investimentos: Os gastos da Secretaria de Segurança Pública de SP representavam 10% do Orçamento do Estado em 2003, e diminuiu para 7,67% em 2008.

17 - Educação que não ensina
Ensino e estrutura: A insuficiência de infraestrutura e material didático precariza o ensino público. Além disso, a promoção automática faz com que o aluno não seja mais reprovado, desqualificando o ensino dos alunos. Faltam recursos do Estado para as escolas técnicas e ensino superior.

Analfabetismo: Cerca de 18% dos jovens com mais de 15 anos são analfabetos ou analfabetos funcionais. Cerca de 13% dos jovens estão fora da escola.
Professores: Houve uma ampliação no número de professores temporários (46,4%) na rede estadual de ensino, em detrimento dos professores efetivos. Além disso, os professores sofrem com o arrocho salarial, sistema de bônus e gratificações. Os professores ganham menos por hora aula (R$ 11,47) que o de outros estados, tais como: Roraima (R$ 24,19), Maranhão (R$ 20,39), Tocantins (R$16,71), Pará (R$ 13,50), ocupando a 14ª posição entre os estados da federação.

18 - $aúde para pouco$
O governo de São Paulo não implementa as políticas nacionais, como PSF, SAMU e UPAs e não apóia os municípios inclusive na saúde coletiva (dengue, enchentes). Na questão do SAMU, por exemplo, o Estado não repassa os 25% que lhe cabe, e aonde existe, é por que o município arca com os 25% município mais os 25% do Estado (lembrar que o SAMU é custeado por 50% Governo Federal + 25% Município + 25% Estado). O atendimento de média complexidade (exames, especialidades e cirurgias) é precário e demorado.

A administração de 23 Hospitais, todos os laboratórios e mais de duas dezenas de ambulatórios especializados foram terceirizadas para Organizações Sociais e Instituições Parceiras (OSCIP’s), com dispensa de licitação e com mecanismos insuficientes de fiscalização. Na realidade, transformaram a administração que era pública para privada, disfarçada como OSCIP. Além disso, foi aprovada legislação que permite a terceirização de equipamentos já existentes.
Desvio de Recursos da Saúde: De 2001 a 2009, em desrespeito a EC 29/2000, o governo não aplicou R$ 3,6 bilhões em saúde, valor suficiente para construir 72 hospitais de 250 leitos.

19 - A Propaganda cresce
Despesas de publicidade: Em 2006, as despesas de publicidade foram de R$ 48.941. Em 2009, as mesmas despesas subiram para R$ 292 mil. Ou seja, em três anos o Governo de São Paulo ampliou as despesas de propaganda em mais de seis vezes (600%).



Fonte: Liderança do PT na Alesp – maio de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sobre a imparcialidade do jornalista

Este é um dos mitos cultivados há mais de século: jornalista é imparcial. Ou tem obrigação de ser.

Ninguém é imparcial. Porque você é obrigado a fazer escolhas a todo instante. E ao fazer toma partido.Quando destaco mais uma notícia do que outra faço uma escolha. Tomo partido.Quando opino a respeito de qualquer coisa tomo partido.

Cobre-se do jornalista honestidade.

Não posso inventar nada. Não posso mentir. Não posso manipular fatos. Mas posso errar - como qualquer um pode. E quando erro devo admitir o erro e me desculpar por ele.

Cobre-se do jornalista independência.

Não posso omitir informações ou subvertê-las para servir aos meus interesses ou a interesses alheios. Se me limito a dar uma notícia devo ser objetivo. Cabe aos leitores tirarem suas próprias conclusões.Se comento uma notícia ou analiso um fato, ofereço minhas próprias conclusões. Cabe aos leitores refletir a respeito, concordar, divergir ou se manter indiferente.

Jornalista é um incômodo. E é assim que deve ser. Se não for não é jornalista.

texto extraído de http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A verdade que os Tucanos escondem III

Desde 1995, o Estado de São Paulo tem tido uma sequência de governos tucanos, por onde passaram, Mário Covas, Geraldo Alckimin e José Serra.

Foi o tempo suficiente para aniquilar com o patrimônio paulista, desvalorizar o funcionalismo público e precarizar os setores da saúde, educação e habitação. Além disso, a segurança pública é questionável, devido a sua incapacidade de combate ao crime, principalmente frente às organizações criminosas instaladas no estado.

Desta forma, é importante a compreensão sobre o que se passa em São Paulo, cuja população insiste em eleger candidatos tucanos, sem muitas vezes ter a dimensão de que está ajudando a aprofundar ainda mais os problemas existentes no estado.

Abaixo, alguns dados a respeito dos 15 anos de administração tucana em São Paulo:

7 - Governo de SP esconde os investimentos do Governo Lula:
O Governo Lula autorizou novas operações de crédito em mais de R$ 17 bilhões, inclusive financiando obras como o Metrô e Rodoanel. Apenas na malha do Metrô e CPTM foram autorizados pelo Governo Lula mais de R$ 10 bilhões em empréstimos. No Saneamento e Meio Ambiente foram mais de R$ 4 bilhões.

8 - Participação de São Paulo na economia do País cai:
Em 1995, o PIB de São Paulo representava 37,31% do PIB Nacional. No entanto, o que se percebe é uma diminuição desta participação, onde em 2007 São Paulo foi responsável por 33,9% do PIB Nacional.

9- Ineficiência no Combate à Crise Econômica Mundial
Enquanto o Governo Lula reduziu impostos em diversos setores no auge da Crise, o Governo Serra retirou recursos das empresas e desestimulou a economia paulista.

10 - Compensação aos Municípios:
O Governo Lula criou medidas de compensação aos municípios, mas o Governo Serra não seguiu o mesmo mecanismo.

11 - Crédito:
O Governo Lula ampliou o crédito através da CEF, BB e BNDES. Já o Governo Serra, foi na contramão e vendeu a Nossa Caixa, importante banco paulista.

12 - Políticas Sociais e Garantia de Renda:
Em 2009, o Governo Lula ampliou o Bolsa Família, enquanto que o Governo Serra bloqueou 20% dos recursos destinado a programas sociais e arrochou os salários dos servidores públicos.

13- Crescimento da economia:
Há projeções de que o Brasil cresça cerca de 6 a 7% em 2010. Já em São Paulo, projeta-se um crescimento de pouco mais de 3% em 2010.

14 - Habitação um descaso:
Governo Alckimin: Entre 2003 e 2006 foram previstas a construção de 216.730 moradias. Apenas 79.073 (36,48%) foram entregues.
Governo Serra: Entre 2007 e 2009 foram previstas a construção de 105.385 moradias. Apenas 57.053 (54,14%) foram entregues.

Minha Casa Minha Vida em São Paulo: durante o primeiro ano do programa (até março de 2009), foram contratadas para o Estado de São Paulo 83 mil moradias populares. Enquanto isso, o governo paulista através da CDHU entregou, em 2009, apenas 28 mil moradias.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Democracia é a melhor alternativa


O ideal seria que todos os candidatos fossem sérios e capazes, apresentassem suas credenciais e seus programas de maneira convincente ou no mínimo bem articulada, e representassem alguma coisa além da sua própria ambição, ou seu próprio delírio. O ideal seria uma democracia perfeita, em que a escolha fosse entre os melhores. Mas uma democracia perfeita, como é inviável, está apenas a um passo de democracia nenhuma.

Os candidatos inacreditáveis que infestam os horários eleitorais com suas promessas malucas, suas caras assustadas e seus truques patéticos são, na verdade, guardiões da democracia possível. Sua existência garante que estamos salvos de qualquer pretensão ciceroniana a governos só de iluminados. Pense nisso na próxima vez que aparecer um candidato na TV pedindo seu voto porque provavelmente é um bom filho ou um bom jogador de baralho. A alternativa ao ridículo é muito pior.

Texto de Luiz Fernando Verissimo extraído do blog do Noblat

A verdade que os Tucanos escondem II

Desde 1995, o Estado de São Paulo tem tido uma sequência de governos tucanos, por onde passaram, Mário Covas, Geraldo Alckimin e José Serra.

Foi o tempo suficiente para aniquilar com o patrimônio paulista, desvalorizar o funcionalismo público e precarizar os setores da saúde, educação e habitação. Além disso, a segurança pública é questionável, devido a sua incapacidade de combate ao crime, principalmente frente às organizações criminosas instaladas no estado.

Desta forma, é importante a compreensão sobre o que se passa em São Paulo, cuja população insiste em eleger candidatos tucanos, sem muitas vezes ter a dimensão de que está ajudando a aprofundar ainda mais os problemas existentes no estado.

Abaixo, alguns dados a respeito dos 15 anos de administração tucana em São Paulo:


4- O Mito do Enxugamento da Máquina e dos comissionados
Os tucanos vivem dizendo em “enxugamento da máquina” e questionam o Governo Lula dizendo que o Governo Federal ampliou excessivamente as contratações de servidores. Tal afirmação é um mito, uma vez que, enquanto o Governo de SP contratou 12% a mais no período de 2003-2008, o Governo Federal contratou 10% no mesmo período. Além disso, entre 2007 a 2009, o Governo de SP aumentou em 18% o número de comissionados e o Governo Federal aumentou em 9%. No entanto, o gasto com terceirizações foi ampliado em 58% entre 1997 e 2009, principalmente no setores da Saúde e da Cultura.

5 - Privatizações, Concessões e afins...
Desde 1997, foram privatizados setores estratégicos ao Estado, tais como: Eletropaulo e CPFL (1997); CESP Paranapanema, CESP Tietê e COMGÁS (1999); CTEEP (2006); Banespa (1999). Além disso, houve a venda da Nossa Caixa ao Banco do Brasil (2009), além da privatização de subsidiárias da Nossa Caixa que tratam de seguro, previdência e cartões. A soma da venda do patrimônio público estadual acumulada entre 1995 e 2010 chega a mais de R$ 79 bilhões.

6 - Concessões Onerosas dos Pedágios
Entre 1997 e 2010 houve um aumento 467,50% no número de pedágios, passando de 40 (1997) para 227 em (2010). A maioria das rodovias estaduais foram entregues ao capital privado, onde foram instaladas praças de pedágios que são consideradas uma das mais caras do mundo, tais como: (Anhanguera/Bandeirantes, Imigrantes/Anchieta, Raposo Tavares/Castelo Branco, Regiões de Ribeirão Preto, Batatais, São João da Boa Vista, Bebedouro, Araraquara e Jaú (1998); Regiões de Itapetininga, Itapira e Itu (2000); rodovias D. Pedro I, Carvalho Pinto/Airton Senna, Raposo Tavares e Marechal Rondon (2006); Rodoanel, trecho Oeste (2008) e trecho Sul (2009).

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Conselho da UFRJ aprova cota para alunos da rede pública

O Conselho Universitário da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) decidiu ontem, por 20 votos a 18, destinar 20% das vagas para alunos da rede pública municipal e estadual de ensino já a partir do próximo vestibular.

Em 30 dias o Conselho de Graduação detalhará as formas de acesso e as regras para a seleção 2011. As inscrições devem se iniciar em setembro.

Funcionários e alunos da instituição reivindicavam 35% das vagas para as cotas. O Diretório Central de Estudantes chegou a pedir cotas de 50% para alunos de escolas públicas e a adoção de recorte racial para entrada na universidade. Mas o Conselho Universitário aprovou os 20% propostos pela Reitoria.

Fonte: jornal brasíliaconfidencial

A verdade que os Tucanos escondem I

Desde 1995, o Estado de São Paulo tem tido uma sequência de governos tucanos, por onde passaram, Mário Covas, Geraldo Alckimin e José Serra.

Foi o tempo suficiente para aniquilar com o patrimônio paulista, desvalorizar o funcionalismo público e precarizar os setores da saúde, educação e habitação. Além disso, a segurança pública é questionável, devido a sua incapacidade de combate ao crime, principalmente frente às organizações criminosas instaladas no estado.

Desta forma, é importante a compreensão sobre o que se passa em São Paulo, cuja população insiste em eleger candidatos tucanos, sem muitas vezes ter a dimensão de que está ajudando a aprofundar ainda mais os problemas existentes no estado.
Abaixo, alguns dados a respeito dos 15 anos de administração tucana em São Paulo:

1 - Aumento nos impostos
Serra vive dizendo na redução da carga tributária. No entanto, a carga tributária no Estado de SP em 2003 representava 7,71% do PIB paulista, enquanto que em 2009 chegou a 9,37%.

Em 2003, a Carga Tributária Per Capita era de R$1.674,18. Em 2008, chegou a R$2.268,75. Ou seja, houve um aumento em 35,5% de aumento nos impostos para cada cidadão paulista entre 2003 e 2008.

2- Dívida Pública
O Resíduo da Dívida Pública que em 1998 era de R$ 2,6 bilhões, saltou para R$ 56,3 bilhões em 2008. A Dívida Pública total, chegou a R$ 168 bilhões em 2008.

3 - Redução de gastos nos salários dos funcionários públicos
No ano 2000, o gasto com pessoal representava 49,27% do Orçamento. Já em 2009, o mesmo gasto representou 41,29%. Lembrar que, em dez anos, a população cresceu 17%, mas a quantidade de servidores públicos aumentou apenas 12%. Além disso, o Estado conta com 200 mil servidores públicos temporários.

observação: amanhã tem mais desmandos e incompetência do PSDB em SP

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O jogo sujo da Folha de S.Paulo contra o MEC


E a Folha de S. Paulo agora assumiu de vez! Decretou guerra contra o governo e especialmente o MEC, em sua briga por causa das impressões das provas do ENEM, ou seja, critica o governo federal, mas não fica sem o dinheiro do governo, disputando esse dinheiro com atos ilícitos, ameaças e mentiras contra o MEC.

Agora "denúnciam" um livro de contos, voltado à adolescentes da escritora Monique Revillion. Tudo porque há um conto que narra estupros e seqüestros.

Do jeito que a coisa vai ainda vão querer queimar livros em praça pública!!

Só faltou dizer que o livro tem prefácio de um "tal" Luís Fernando Veríssimo, outro que segundo a Folha, não deve saber o que está fazendo...

Veja a notícia abaixo da Folha de S. Paulo e tire suas conclusão sobre o PIG

MEC envia a escolas públicas livro que narra estupro.

...O Ministério da Educação enviou a escolas públicas do país um livro que narra o sequestro de um casal, o estupro da mulher e o assassinato do rapaz, segundo reportagem de Fábio Takahashi publicada na edição desta quinta-feira da Folha de S. Paulo...

De acordo com o texto, 11 mil exemplares da obra foram destinados para serem usados como material de apoio a alunos do ensino médio, com idade a partir de 15 anos. O livro "Teresa, que Esperava as Uvas", integra o programa do governo federal que equipa bibliotecas dos colégios públicos.

As cenas de violência estão presentes no conto "Os Primeiros que Chegaram", que narra, do ponto de vista da criminosa, um sequestro cometido por um casal. As vítimas são torturadas. Há frases como "arriou as calças dela, levantou a blusa e comeu ela duas vezes" e "[Zonha, o criminoso] deu um tiro no olho dele. [...] Ele ficou lá meio pendurado, com um furo na cabeça."

O governo Lula, a autora da obra e a editora defendem a escolha, por possibilitar que o jovem reflita sobre a violência cotidiana. A escolha das obras é feita por comissões de professores de universidades públicas. "O livro passou por uma avaliação baseada em critérios, concorreu com muitas outras obras e foi selecionado", afirmou a escritora do conto, Monique Revillion.


Fonte:texto de Marco St com adaptações, postado no www.advivo.com.br/blog/luisnassif/

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O suicídio da velha mídia


Em 2006 já falava no suicídio da mídia, quando decidiu transformar a queda (ou derrota) de Lula em guerra santa. O que houve ontem quarta-feira dia 11 de agosto, no Jornal Nacional, mostra que a insensatez não tem limites. A entrevista de Serra não mudará o panorama eleitoral. Dilma continua favorita.

Mas suponhamos que a armação desse resultado, invertesse o jogo e colocasse Serra como favorito. O que ocorreria com a opinião pública? Haveria apenas críticas, a bonomia do governo, Dilma convidando o casal para jantar? Claro que não: haveria comoção popular, uma guerra sem quartel.

Há muito a velha mídia atravessou o Rubicão da prudência. O que está em jogo, da parte dela, é a montagem de uma barricada para impedir a invasão estrangeira do setor por empresas de telecomunicações e grupos de mídia. No começo, havia a estratégia clara (e imprudente) de tentar derrubar Lula – ou fazê-lo sangrar – e apoiar um candidato que viesse lhe comer à mão e ajudasse a barrar a invasão estrangeira.

Apostou e perdeu. Nem com todo apoio, o campeão branco, José Serra, logrará vencer. Passadas as eleições, a velha mídia terá que encarar seus demônios. E é evidente, depois de ter avançado ainda mais no pântano da interferência política, que o objetivo maior do próximo governo será acabar com os privilégios, com o monopólio da informação. Ou seja, acabando com o último cartório da economia. E quem vai apoiá-la?

Essa postura arrogante, quase golpista, rompeu qualquer laço de solidariedade com setores nacionais. A velha mídia era temida por muitos setores empresariais da economia real. Hoje é desprezada. Não haverá apoio de grandes grupos econômicos, porque a guerra não é deles. E são grupos que já aprenderam a montar grandes parcerias com empresas internacionais.

Uma coisa é inventar fantasmas de Farcs, Moralez, Fidel, essas bobagens sem fim. Outra é convencer os aliados de hoje que Telefônica, grupos portugueses, Pisa e outros que estão entrando representam interesses do Foro São Paulo. Das multi? Só faltavam as multinacionais, que na Constituinte conseguiram equiparação com as nacionais no setor real da economia, amparar qualquer tentativa de criar cartórios na mídia.

Para os políticos, há muito a velha mídia é fator de risco. Sabem que elogios ou acusações estão submetidos a jogos de interesses empresariais. Preferem o diabo a uma imprensa cartelizada e exercendo o poder de forma ilimitada, como foi nas últimas duas décadas.

Para o mercado financeiro, nem pensar. No máximo acenam com possibilidades futuras de parcerias, mas de olho em apenas um ativo da velha mídia: o poder de influenciar mercado e governos. E esse ativo está sendo gasto rapidamente com a perda de qualidade e de influência dos jornais, o envolvimento permanente com factóides e o descolamento da parcela majoritária de opinião pública.

Por acaso pensam que investidores técnicos irão investir em setores com baixa governança corporativa e baixa rentabilidade? As manifestações de Otávio Frias Filho – citando Rupert Murdoch como exemplo -, a associação da Abril com a Napster, mostram que se tentou aqui, tardiamente, a mesma fórmula empregada em outros países. Trata-se de utilizar o poder político da mídia, antes que acabe, para pavimentar a transição para a nova etapa tecnológica.

A questão é que, com exceção da Globo, nenhum grupo tem condições de ser dominante na nova etapa, porque nenhum grupo pensou estrategicamente na travessia, mas apenas em barrar futuros competidores.
É fácil prever o futuro desses grupos nos próximos anos.

A Folha será salva pela UOL, mas como grupo econômico. Jamais a UOL conseguirá um décimo do poder político que a Folha deteve nos anos 90 e 2000.

A Abril não tem plano de vôo. Queimou a ponte quando abriu mão da BOL e da TVA. Sabe que seu carro-chefe – a Veja impressa – está em queda livre. O mercado estima uma tiragem real de 780 mil exemplares – contra os 1,1 milhão apregoados pela mídia. Quando os clientes de publicidade exigirem um ajuste nos valores cobrados, proporcional à queda real das vendas, a Abril entra em sinuca. Para enfrentar os novos tempos, fez investimentos maciços no portal Veja, que é um equívoco sem tamanho. Ora, a editora sempre teve a cultura da publicação semanal, quinzenal ou mensal. Jamais trabalhou sequer com a informação diária. Sei na prática o choque cultural que é passar do padrão semanal para o diário. Agora, ela quer do nada criar um portal com notícias online, sem prática e entrando em um mercado em que já existem serviços online consolidados, como o G1, UOL, Terra, IG. Não será sequer mais um. Será menos um. A compra do Anglo com recursos pessoais dos Civita mostra claramente que, cada vez mais, deixará a operação midiática para os sul-africanos e se salvará em novos negócios – como os da educação – onde o poder de fogo da revista permita ganhos indiretos junto ao poder público.

O Estadão tem a melhor estratégia multimídia (depois da Globo), mas é um grupo à venda e sem fôlego financeiro, definitivamente preso aos conflitos familiares. Manterá um jornalismo de nicho, bem construído, trabalhando seu público mais conservador e de bom nível. Mas sem grandes vôos e sem influência política.

Nesse quadro, restará apenas a Globo, cercada de inimigos por todos os lados e perdendo a cada dia legitimidade e alianças. É um pessoal bom de jornalismo. Com exceção do inacreditável O Globo, tem jornalismo de primeira na CBN, na Globonews, no G1 e posição dominante na TV aberta, apesar de toda a parcialidade do grupo de Kamel. Mas, graças à miopia dos sucessores e às loucuras de Ali Kamel, será cada vez mais alvo das invasões bárbaras, seja da Record, seja grupos de fora, seja de todos os inimigos que acumulou nesses anos de arrogância cega.

O jogo acabou. Agora começam as apostas para o novo jogo que virá pela frente.

por luisnassif, qui, 12/08/2010 - 09:24


Texto extraído de: www.advivo.com.br/blog/luisnassif/

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Não seja mais um enganado, não repita mais essa mentira que está na rede sobre a candidata Dilma

Dilma, a “condenada” nos Estados Unidos

O texto:Você pode responder a esta pergunta ?

A PERGUNTA É A SEGUINTE:

No caso da srª Dilmente(sic) ser eleita Presidente do Brasil, quem será a pessoa que irá aos Estados Unidos para a fala habitual na Assembléia Geral da ONU, ou para discutir com o presidente americano sobre questões de comércio, por exemplo?
A Presidente não irá, com 100% de certeza.

Então, repito a pergunta: Quem irá aos Estados Unidos no lugar dela?
Bem, você deve estar intrigado com esta pergunta meio sem sentido, não é?
Aqui vai a explicação:Dilma Roussef foi condenada nos Estados Unidos pelo seqüestro do embaixador norte-americano, na década de 60 (Charles Elbrick) remember ? Juntamente com outras pessoas (por exemplo: Fernando Gabeira).

A pena é bem grande e não há como pensar em liberdade condicional. Lá o crime não prescreve !

A questão secundária é que isto vale para outros 11 países.

Muitos governantes de países periféricos já foram apanhados nesta armadilha e a maioria perdeu o cargo que ocupava, para satisfação da oposição local.

Nós temos uma solução ideal para resolver esta questão: não elegê-la presidente.

Desta maneira ela poderá escolher lugares muito confortáveis para viver o resto da vida como, por exemplo, Havana, em Cuba, ou La Paz na Bolívia, o que resolverá vários problemas: os dela e os nossos.

Portanto, pare de imaginar que é implicância minha quando coloco na Internet a folha corrida policial desta senhora, cheia de crimes. Esqueça estes documentos e (se for o seu caso) continue com a sua fé inabalável nas qualidades desta mulher, legítima porta-voz da quadrilha do sr.Lula da Selva.

Mas……. se eu fosse você, começava a me preocupar com esta possibilidade. Já pensou se ela resolve fazer uma visitinha àquele cara simpático e ultra democrático da Venezuela, o Huguinho Chávez e, de repente, uma tempestade no Caribe obriga o avião a descer em Miami,que fica ali perto(sic)imagine a encrenca monumental que nem o presidente americano vai poder desfazer?

Bem… talvez você seja um sábio e tenha uma boa idéia para resolver a situação. Por isto volto a perguntar:Quem vai representar o Brasil nas viagens internacionais aos Estados Unidos e aos 11 países onde ela pode ser presa no próprio aeroporto onde desembarcar?
TENHO CERTEZA ABSOLUTA QUE ESTA, VOCE DESCONHECIA !


PS do Viomundo: As informações contidas na mensagem que você acabou de ler são falsas e além do mais são fantasiosas, por que a senhora Dilma entra com frequência nos EUA e em qualquer país que o Brasil mantém relações diplomáticas, pois ela nunca foi condenada ou responde por tal crime. A Dilma como todo jovem rebelde da classe média e estudante universitário lutou contra a ditadura militar no Brasil, que torturou e matou vários jovens que lutavam por democracia, a mesma democracia que nós lutamos hoje para mante-la.

Tarifas de empresas públicas após as privatizações em São Paulo espanta empresas e empregos

Além de alienar ou vender o patrimônio público, muitos serviço públicos privatizados em SP tiveram grande aumento de tarifas para os usuários, sejam eles, empresas ou cidadãos, e isso se transformou em um sério obstáculo para o desenvolvimento paulista.

O custo São Paulo pesa no bolso do cidadão comum, inibe os investimentos e torna menos competitivos diversos segmentos da economia paulista diminuindo a oferta de emprego, pois muitas empresas estão transferindo-se para outros estados com custo menores.

Além dos pedágios que estão afugentando empresas do estado de SP, temos outro caso alarmante. Conforme publicado na revista Carta Capital nº 564 o alto preço gás canalizado privatizado, através de regras de aumentos abusivos das tarifas que beneficia a empresa privatizada em detrimento dos consumidores.

Como o preço é o dobro do praticado internacionalmente, algumas empresas saíram de São Paulo.

A Comgás privatizada, hoje nas mãos da British Gas, infla o valor dos investimentos para entrar no cálculo das tarifas. Em vez de usar a base de ativos (que no caso da Comgás seria de R$ 750 milhões), opta pelo chamado valor econômico mínimo (VEM) – valor de R$ 1,4 bilhões).

Dirigentes da Fiesp e da Associação Brasileira da Indústria de Vidros (Abividros), grandes consumidores de gás, afirmam que essa nova modalidade de cálculo encarece o gás em cerca de 50%, favorecendo a Comgás.

A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) fica do lado da Comgas, dizendo que está previsto no contrato estabelecido na privatização de 1999.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Brasil gera 1,76 milhão em 2009; na era Lula 12,5 milhões


O Brasil contabilizou 41,2 milhões de empregos formais em 2009, um aumento de 1,766 milhão em relação ao ano anterior, segundo dados do Registro Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho. O acréscimo de 4,48% em relação ao estoque de empregos de 2008, quando foram registrados 39,4 milhões de postos.

Os setores que mostraram maior desempenho foram o de serviços, com a criação de 654 mil novos postos de trabalho; a administração pública, com 453,8 mil empregos; o comércio, com 368,8 mil postos e a construção civil, com 217,7 mil novos postos de trabalho.

Os dados mostram ainda que o número de trabalhadores formais, tomando como referência as informações da Rais mais o saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) até junho de 2010 (1,437 milhão), chega a 42,680 milhões neste ano.

Em 2009, ano de uma grave crise mundial, o Brasil gerou mais de 1,7 milhões de empregos formais, numa clara demonstração do acerto das políticas anticíclicas implementadas pelo governo no ano passado. São dados impressionantes, que ajudam explicar o vigor com que a economia brasileira reagiu na virada de 2009 para 2010.

Grande parte dos analistas já estão apostando num crescimento de 7% nesse ano e a geração de mais de 2 milhões e empregos formais.

A inclusão social via emprego formal é a porta de saída para todos os programas sociais. Para cada emprego criado, o governo troca o custo de uma transferência de renda pela receita de novos impostos e mais produção.

Fonte : Agência Brasil - POSTADO POR ALEXANDRE PORTO

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Tucanos fecham TV Cultura .. Eles já têm a Globo

Maluf, Quércia e Fleury governaram São Paulo e respeitaram os princípios públicos da TV Cultura de São Paulo.

Quem destruiu a TV Cultura foram os governadores que há 16 anos coronelizam São Paulo. O ex-secretário de Cultura do Estado de São Paulo (Governo Serra), João Sayad assumiu a presidência da TV Cultura em junho com a missão de reduzir a TV pública paulista a uma simples TV estatal. Com o aval do ex-governador José Serra e do atual governador, Alberto Goldman, Sayad pretende reduzir ao máximo a produção de programas e cortar o número de funcionários em quase 80%, dos atuais 1.800 para 400.

Sayad pensa até em vender o patrimônio da TV Cultura. Já encomendou aos advogados da emissora um estudo sobre a viabilidade de a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV, se desfazer de seus estúdios e edifícios na Água Branca, em São Paulo.

Em reuniões com diretores da emissora, Sayad tem dito que a Cultura não precisa ter mais do que 400 funcionários, que ficariam, segundo ele, muito bem instalados em um andar de um prédio comercial. A postura evidencia que a TV Cultura deixou de ser uma questão de política pública. Passou a ser um “pepino”, um problema a ser eliminado pelo governo do Estado.

Fontes ouvidas pelo blog informam que Sayad vive dizendo que irá transformar a Cultura, hoje produtora de programas, em uma coprodutora. Ou seja, ela deixará de produzir de produzir programas de entretenimento. Passará a encomendá-los a produtoras independentes e a comprá-los no mercado internacional. Atrações como o Metrópolis podem estar em seus últimos dias.

O jornalismo da Cultura deixará de investir no noticiário do dia a dia, caro e melhor produzido pelas redes comerciais. A partir de setembro, o Jornal da Cultura, com Maria Cristina Poli, passará a ser um jornal mais de debates, de discussão sobre o noticiário, do que de notícias.

Corte de receitas
A TV Cultura tem hoje um orçamento de cerca R$ 230 milhões. Desse total, R$ 50 milhões vêm da venda de espaço nos intervalos dos programas para anunciantes privados. Outros R$ 60 milhões são oriundos da prestação de serviços, como é chamada na emissora a produção de programas e vídeos para instituições como o Tribunal Superior Eleitoral, a Procuradoria da República, a TV Assembléia (do Estado de S.Paulo) e a TV Justiça.

Pois a gestão de Sayad já iniciou o desmonte dessas duas fontes de recursos. Até o ano que vem, a TV Cultura não terá mais nenhuma publicidade comercial em seus intervalos nem produzirá mais programação para órgãos públicos (a publicidade institucional, irrisória, será mantida). Dessa forma, reduzirá uma boa parte do seu número de funcionários.
Se o plano for executado, a TV Cultura sobreviverá apenas dos R$ 70 milhões que o governo do Estado aporta diretamente todos os anos, além de outros R$ 50 milhões ela que recebe pela produção de conteúdo para as secretarias estadual e municipal de Educação.

Demissões em massa
O plano de demissões de Sayad é mais complexo. Por causa das eleições de outubro, ele não pode demitir funcionários contratados em regime de CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) até dezembro. A Cultura tem entre 1.000 e 1.200 funcionários celetistas. Esses trabalhadores têm emprego garantido até janeiro. Depois, dependem da postura do novo governador do Estado. Para demitir funcionários celetistas, Sayad precisará do apoio do futuro governador, porque terá de contar com verbas extras para pagar as indenizações.

Já os profissionais contratados como pessoas jurídicas (os PJs, pessoas que têm microempresas) podem ser “demitidos” a qualquer momento. Eles seriam de 600 a 800. Os cortes devem ser feitos à medida que contratos de prestação de serviços, como o da TV Assembléia, forem vencendo e não renovados.

Outro lado
O blog tentou ouvir o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, sobre as mudanças que ele pretende implantar na TV Cultura. Na última segunda-feira, por meio da assessoria de imprensa da emissora, pediu uma entrevista. Ontem à tarde, a TV Cultura informou que Sayad não falaria com o R7.

As informações aqui publicadas foram relatadas previamente à assessoria de imprensa da TV Cultura. Nada foi negado.

Texto extraído do blog “ Conversa Afiada reproduz post de Daniel Castro em seu blog

terça-feira, 3 de agosto de 2010

UNESCO defende democratização dos meios de comunicação de massa

Vocês já se imaginaram o que diriam sobre um Governo que dividisse os canais televisão e o rádio brasileiros igualmente entre emissoras públicas, privadas e comunitárias?

Já pensaram se o Estado proibisse o monopólio da mídia e a população participando da formulação de políticas públicas relativas a seu funcionamento?

No mínimo seria chamado de comunista, como o Governo Lula vem sendo atacado pela simples ideia de cumprir a Constituição que determina que as concessões sejam um serviço público.

Claro que isso não é nenhum programa de radicais ou tentativa de controle da imprensa, tanto que são recomendações da UNESCO para o que seria o funcionamento justo dos meios de comunicação.

Esses indicadores e muitos outros constam do estudo “Indicadores de desenvolvimento da mídia: marco para a avaliação do desenvolvimento dos meios de comunicação“, que a UNESCO promoveu para avaliar a situação da mídia no mundo e seu alinhamento aos princípios do Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação (PIDC): promoção da liberdade de expressão e pluralismo da mídia; desenvolvimento das mídias comunitárias; e o desenvolvimento de recursos humanos (capacitação de profissionais de mídia e capacitação institucional).

A UNESCO parte do princípio de que a liberdade de expressão é um elemento fundamental da Declaração Universal dos Direitos Humanos e que a mídia é crucial para seu pleno exercício por proporcionar a plataforma pública pela qual o direito é efetivamente exercido. E levanta a questão de como nutrir um modelo e uma prática que contribuam para esta realização.

Uma boa governança midiática, na opinião de muitos analistas, deveria se basear em duas condições: independência e acesso. Independência no sentido de liberdade de interesses estabelecidos e acesso não só para obter informações, como para fazer que com que suas vozes sejam ouvidas.

E os caminhos que o estudo sugere para o desenvolvimento da mídia apontam claramente que o Estado deve impedir a concentração no setor e assegurar a pluralidade. “Os governos podem adotar regras para limitar a influência que um único indivíduo, família, empresa ou grupo pode ter em um ou mais setores da mídia, bem como para assegurar um número suficiente de canais diversos de mídia”, diz o documento.
Ou seja, deveria haver interferência do Estado para impedir que um grupo como as Organizações Globo, por exemplo, controle emissoras de TV e rádio, jornais, revistas e portais, exercendo um caráter fortemente monopolista, que impede a multiplicidade de discursos e elimina a concorrência.

O estudo sugere uma legislação específica sobre a propriedade cruzada no âmbito da mídia eletrônica e entre esta e outros setores da mídia para impedir o domínio do mercado. “As autoridades devem ter, por exemplo, o poder de desfazer operações de mídia em que a pluralidade está ameaçada”, defende.

Texto de Brizola Neto extraído do blog : www.tijolaco.com/

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A taxa de desempregro na região metropolitana de São Paulo é o menor da série histórica


Na região metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego caiu, de 13,3% para 12,9%. O total de desempregados diminuiu em 39 mil com a abertura de 68 mil novas vagas. O número total de desempregados foi de 1,427 milhão em maio para 1,383 milhão, em junho, no menor nível desde junho de 2000 – quando ficou em 1,719 milhão.

A taxa de desemprego também diminuiu nas demais regiões metropolitanas do país em junho, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (27) pela Fundação Seade/Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A taxa passou para 13,2% em maio para 12,7% junho.

O contingente de desempregados ficou em 2,79 milhões, com 109 mil trabalhadores desocupados a menos do que no mês anterior. Foram criadas 160 mil vagas nas sete regiões metropolitanas analisadas (São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife e Fortaleza).

Entre as capitais pesquisadas, o desemprego diminuiu em todas. Somente em Fortaleza houve estabilidade, ou seja, variação zero. Em Salvador, Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, São Paulo e Fortaleza.

A PEA (População Economicamente Ativa) ficou em 22 milhões de pessoas ocupadas - alta de 1,6% frente ao ano passado e 0,2% sobre maio. O dado reflete o total de pessoas que atualmente possuem alguma ocupação ou procuraram emprego. O nível de ocupação, ou seja, a capacidade de trabalho, aumentou 0,8% no mês. Todos os setores contrataram, exceto a indústria, que fechou 7.000 vagas entre maio e o mês passado (-0,2%). O comércio contratou 41 mil pessoas entre um mês e outro, um crescimento de 1,3%, enquanto o setor de serviços abriu 109 mil novas vagas (variação de 1,1%).

O rendimento médio dos trabalhadores variou 1,1% e o dos assalariados, 1%. A média salarial dos trabalhadores passou de R$ 1230 para R$ 1.259 enquanto rendimento médio dos assalariados passou R$ 1.308 para R$ 1.322 entre abril e maio.

domingo, 1 de agosto de 2010

Dez falsos motivos para não votar em Dilma Rousseff

1. “Alternância no poder é bom”.
Falso. O sentido da democracia não é a alternância no poder e sim a escolha, pela maioria, da melhor proposta de governo, levando-se em conta o conhecimento que o eleitor tem dos candidatos e seus grupo políticos, o que dizem pretender fazer e, principalmente, o que fizeram quando exerceram o poder. Ninguém pode defender seriamente a idéia de que seria boa a alternância entre a recessão e o desenvolvimento, entre o desemprego e a geração de empregos, entre o arrocho salarial e o aumento do poder aquisitivo da população, entre a distribuição e a concentração da riqueza. Se a alternância no poder fosse um valor em si não precisaria haver eleição e muito menos deveria haver a possibilidade de reeleição.

2. “Não há mais diferença entre direita e esquerda”.
Falso. Esquerda e direita são posições relativas, não absolutas. A esquerda é, desde a sua origem, a posição política que tem por objetivo a diminuição das desigualdades sociais, a distribuição da riqueza, a inserção social dos desfavorecidos. As conquistas necessárias para se atingir estes objetivos mudam com o tempo. Hoje, ser de esquerda significa defender o fortalecimento do estado como garantidor do bem-estar social, regulador do mercado, promotor do desenvolvimento e da distribuição de riqueza, tudo isso numa sociedade democrática com plena liberdade de expressão e ampla defesa das minorias. O complexo (e confuso) sistema político brasileiro exige que os vários partidos se reúnam em coligações que lhes garantam maioria parlamentar, sem a qual o país se torna ingovernável. A candidatura de Dilma tem o apoio de políticos que jamais poderiam ser chamados de “esquerdistas”, como Sarney, Collor ou Renan Calheiros, lideranças regionais que se abrigam principalmente no PMDB, partido de espectro ideológico muito amplo. José Serra tem o apoio majoritário da direita e da extrema-direita reunida no DEM (2), da “direita” do PMDB, além do PTB, PPS e outros pequenos partidos de direita: Roberto Jefferson, Jorge Borhausen, ACM Netto, Orestes Quércia, Heráclito Fortes, Roberto Freire, Demóstenes Torres, Álvaro Dias, Arthur Virgílio, Agripino Maia, Joaquim Roriz, Marconi Pirilo, Ronaldo Caiado, Katia Abreu, André Pucinelli, são todos de direita e todos serristas, isso para não falar no folclórico Índio da Costa, vice de Serra. Comparado com Agripino Maia ou Jorge Borhausen, José Sarney é Che Guevara.

3. “Dilma não é simpática”.
Argumento precário e totalmente subjetivo. Precário porque a simpatia não é, ou não deveria ser, um atributo fundamental para o bom governante. Subjetivo, porque o quesito “simpatia” depende totalmente do gosto do freguês. Na minha opinião, por exemplo, é difícil encontrar alguém na vida pública que seja mais antipático que José Serra, embora ele talvez tenha sido um bom governante de seu estado. Sua arrogância com quem lhe faz críticas, seu destempero e prepotência com jornalistas, especialmente com as mulheres, chega a ser revoltante.

4. “Dilma não tem experiência”.
Argumento inconsistente. Dilma foi secretária de estado, foi ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, fez parte do conselho da Petrobras, gerenciou com eficiência os gigantescos investimentos do PAC, dos programas de habitação popular e eletrificação rural. Dilma tem muito mais experiência administrativa, por exemplo, do que tinha o Lula, que só tinha sido parlamentar, nunca tinha administrado um orçamento, e está fazendo um bom governo.

5. “Dilma foi terrorista”.
Argumento em parte falso, em parte distorcido. Falso, porque não há qualquer prova de que Dilma tenha tomado parte de ações “terroristas”. Distorcido, porque é fato que Dilma fez parte de grupos de resistência à ditadura militar, do que deve se orgulhar, e que este grupo praticou ações armadas, o que pode (ou não) ser condenável. José Serra também fez parte de um grupo de resistência à ditadura, a AP (Ação Popular), que também praticou ações armadas, das quais Serra não tomou parte. Muitos jovens que participaram de grupos de resistência à ditadura hoje participam da vida democrática como candidatos. Alguns, como Fernando Gabeira, participaram ativamente de seqüestros, assaltos a banco e ações armadas. A luta daqueles jovens, mesmo que por meios discutíveis, ajudou a restabelecer a democracia no país e deveria ser motivo de orgulho, não de vergonha.

6. “As coisas boas do governo petista começaram no governo tucano”.
Falso. Todo governo herda políticas e programas do governo anterior, políticas que pode manter, transformar, ampliar, reduzir ou encerrar. O governo FHC herdou do governo Itamar o real, o programa dos genéricos, o FAT, o programa de combate a AIDS. Teve o mérito de manter e aperfeiçoá-los, desenvolvê-los, ampliá-los. O governo Lula herdou do governo FHC, por exemplo, vários programas de assistência social. Teve o mérito de unificá-los e ampliá-los, criando o Bolsa Família. De qualquer maneira, os resultados do governo Lula são tão superiores aos do governo FHC que o debate “quem começou o quê” torna-se irrelevante.

7. “Serra vai moralizar a política”.
Argumento inconsistente. Nos oito anos de governo tucano-pefelista – no qual José Serra ocupou papel de destaque, sendo escolhido para suceder FHC – foram inúmeros os casos de corrupção, um deles no próprio Ministério da Saúde, comandado por Serra, o superfaturamento de ambulâncias investigado pela “Operação Sanguessuga”. Se considerarmos o volume de dinheiro público desviado para destinos nebulosos e paraísos fiscais nas privatizações e o auxílio luxuoso aos banqueiros falidos, o governo tucano talvez tenha sido o mais corrupto da história do país. Ao contrário do que aconteceu no governo Lula, a corrupção no governo FHC não foi investigada por nenhuma CPI, todas sepultadas pela maioria parlamentar da coligação PSDB-PFL. O procurador da república ficou conhecido com “engavetador da república”, tal a quantidade de investigações criminais que morreram em suas mãos. O esquema de financiamento eleitoral batizado de “mensalão” foi criado pelo presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo, hoje réu em processo criminal. O governador José Roberto Arruda, do DEM, era o principal candidato ao posto de vice-presidente na chapa de Serra, até ser preso por corrupção no “mensalão do DEM”. Roberto Jefferson, réu confesso do mensalão petista, hoje apóia José Serra. Todos estes fatos, incontestáveis, não indicam que um eventual governo Serra poderia ser mais eficiente no combate à corrupção do que seria um governo Dilma, ao contrário.

8. “O PT apóia as FARC”.
Argumento falso. É fato que, no passado, as FARC ensaiaram uma tentativa de institucionalização e buscaram aproximação com o PT, então na oposição, e também com o governo brasileiro, através de contatos com o líder do governo tucano, Arthur Virgílio. Estes contatos foram rompidos com a radicalização da guerrilha na Colômbia e nunca foram retomados, a não ser nos delírios da imprensa de extrema-direita. A relação entre o governo brasileiro e os governos estabelecidos de vários países deve estar acima de divergências ideológicas, num princípio básico da diplomacia, o da auto-determinação dos povos. Não há notícias, por exemplo, de capitalistas brasileiros que defendam o rompimento das relações com a China, um dos nossos maiores parceiros comerciais, por se tratar de uma ditadura. Ou alguém acha que a China é um país democrático?

9. “O PT censura a imprensa”.
Argumento falso. Em seus oito anos de governo o presidente Lula enfrentou a oposição feroz e constante dos principais veículos da antiga imprensa. Esta oposição foi explicitada pela presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) que declarou que seus filiados assumiram “a posição oposicionista (sic) deste país”. Não há registro de um único caso de censura à imprensa por parte do governo Lula. O que há, frequentemente, é a queixa dos órgãos de imprensa sobre tentativas da sociedade e do governo, a exemplo do que acontece em todos os países democráticos do mundo, de regulamentar a atividade da mídia.

10. “Os jornais, a televisão e as revistas falam muito mal da Dilma e muito bem do Serra”.
Isso é verdade. E mais um bom motivo para votar nela e não nele.

Do blog Vi o Mundo por Jorge Furtado