segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Primeira impressão fica e é persistente, concluem psicólogos


Descobrir que seu novo colega é legal em uma festa não irá remover a primeira impressão que você tenha tido dele no primeiro dia de trabalho.

Primeira impressão realmente fica. O velho ditado afirma que "você nunca terá uma segunda chance para causar uma primeira impressão".

E uma nova pesquisa, envolvendo psicólogos do Canadá, da Bélgica e dos Estados Unidos, demonstrou que há uma verdade científica por trás desse dito popular.

As descobertas sugerem que novas experiências que contradizem uma primeira impressão tornam-se ligadas ao contexto em que ocorreram.

Desta forma, as novas experiências influenciam as reações das pessoas somente nesse contexto particular, ao passo que as primeiras impressões mantêm seu domínio sobre todos os demais contextos.

"Imagine que você receba um novo colega de trabalho e a sua impressão inicial daquela pessoa não seja muito favorável," explica Bertram Gawronski, da Universidade de Western Ontario.

"Algumas semanas depois, você encontra o seu colega em uma festa e percebe que ele é na verdade um cara muito legal. Embora você saiba que sua primeira impressão estava errada, sua reação ao novo colega será influenciada pela sua nova experiência apenas em contextos que sejam semelhantes aos da festa. No entanto, a sua primeira impressão continuará a dominar em todos os outros contextos," afirma o pesquisador.

Segundo a equipe, o nosso cérebro armazena experiências que contestam nossas expectativas como exceções à regra, de tal forma que a regra é considerada válida, exceto para o contexto específico em que ela foi violada.

Naquele exemplo, a regra subconsciente criada em seu cérebro pela primeira impressão é que o seu novo colega não é grande coisa. Depois da festa, é como se seu cérebro atualizasse a informação da seguinte forma: "O sujeito não é grande coisa, exceto em festas."

Por outro, embora os resultados dos experimentos feitos com estudantes apóiem a noção comum de que as primeiras impressões são notoriamente persistentes, Gawronski observa que às vezes elas podem ser alteradas.

"O que é necessário é que a primeira impressão seja questionada em vários contextos diferentes. Nesse caso, as novas experiências ficarão descontextualizadas e a primeira impressão lentamente irá perdendo sua força.

"Mas, enquanto uma primeira impressão só é contestada dentro do mesmo contexto, você pode fazer o que quiser, a primeira impressão vai dominar independentemente de quantas vezes ela seja contrariada por novas experiências," afirma o pesquisador.

De acordo com Gawronski, a pesquisa tem implicações importantes para o tratamento de distúrbios clínicos.

"Se alguém com reações de fobia a aranhas for procurar a ajuda de um psicólogo, a terapia terá muito mais sucesso se ela ocorrer em vários contextos diferentes, e não apenas no consultório do psicólogo," conclui.

Fonte: http://diariodasaude.com.br/news.php?article=primeira-impressao-fica&id=6128

domingo, 30 de janeiro de 2011

As causas da explosão popular no Egito


As mobilizações populares na Tunísia, Egito, Iêmen e em outros lugares são um alerta para o chamado mundo desenvolvido e seria uma grande avanço para a democracia se esta região que permanece imersa na violência, em fraudes eleitorais e miséria crescente da população recebesse o devido apoio internacional nesse momento.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que os EUA poderão revisar a ajuda ao Egito. O presidente Obama solicitou às autoridades egípcias que evitem o uso de qualquer tipo de violência contra manifestantes pacíficos, alertando que " aqueles que protestam nas ruas têm uma responsabilidade de expressar-se pacificamente. Já a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a “estabilidade do país é muito importante, mas não a qualquer preço”. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que "os líderes do Egito escutem as preocupações legítimas e os desejos de seus cidadãos”. O primeiro ministro britânico David Cameron declarou: “Eu acho que precisamos de reformas. Quero dizer que nós apoiamos o progresso e o reforço da democracia”.

Como avaliar a atitude desses líderes mundiais? Patética, cínica, hipócrita, irresponsável? Talvez devêssemos recorrer a um grande pensador liberal do século XIX, Aléxis de Tocqueville, e ouví-lo a respeito dos períodos revolucionários na França. Tocqueville alertava para o fato de líderes, que adquiriram experiência em lidar com a política em ambiente de ausência de liberdade, quando se encontraram diante de uma revolução que chegou “inesperadamente”, se assemelhavam aos remadores de rio que, de repente, se vêem instados a navegar no meio do oceano. Os conhecimentos adquiridos em suas viagens por águas calmas vão proporcionar mais problemas do que ajuda nessa aventura, e na maioria das vezes exibem mais confusão e incerteza do que os próprios passageiros que supostamente deveriam conduzir.

Já havia sinais reveladores dessas turbulências, mas o Ocidente preferia se preocupar com burcas, minaretes e terrorismo. Um relatório do Banco Mundial, publicado em 2009, informava que os países árabes importavam cerca de 60% dos alimentos que consomem e já são os maiores importadores de cereais no mundo, dependendo de outros países para a sua segurança alimentar. A elevação dos preços nos mercados mundiais, desde 2008, já causou ondas de protestos em dezenas de países e milhões de desempregados e pobres nos países árabes, como foram os casos da Argélia , em 1988, e da Jordânia em 1989. Um exemplo mais recente, além da região árabe, é o Quirguistão onde um aumento da eletricidade e tarifas de celulares causaram manifestações com dezenas de mortos e milhares de feridos.

Aqueles que temem o crescimento do “islamismo radical” como fator de instabilidade nessa região, deveriam estar mais atentos em relação às “ditaduras amistosas” que, na verdade, são as principais responsáveis pela insegurança no mundo. Desemprego em massa, preços dos alimentos e repressão política é uma combinação explosiva mais perigosa do que os homens bomba.

A demografia no mundo árabe é também um grande problema. A população cresceu cinco vezes durante o século XX, e o crescimento continua a uma média anual de 2,3%. A população do Egito está em torno de 80 milhões. Em 2050 (de acordo com projeções da ONU) deverá ter 121 milhões. A população da Argélia irá crescer de 33 milhões em 2007 para 49 milhões em 2050; a do Iêmen de 22 a 58 milhões. Isso significa que mais empregos precisam ser criados - e mais alimentos importados, ou aumentar a capacidade para produzir mais. No caso do Egito dois terços da população são jovens abaixo de 30 anos, dos quais 90% estão desempregados.

Baseada no turismo, na agricultura e na exportação de petróleo e algodão, a economia é incapaz de sustentar a taxa de crescimento demográfico. 40% da população vive com menos de US$ 2 (R$ 3,30) por dia, o país está na 101ª posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)

De certa forma a auto-imolação do jovem tunisiano, Mohamad Bouazizi, que deflagrou a onda de protestos na Tunisia revela, no nível individual, aquilo que está acontecendo nas sociedades daquela região como um todo. Ele não se rebelou, apenas porque não encontrou trabalho que refletisse suas ambições profissionais, mas sim quando um oficial da polícia confiscou as frutas e legumes que estava vendendo sem autorização. Quando foi fazer uma reclamação para buscar justiça, sua demanda foi rejeitada.

Provavelmente foi este sentimento de injustiça que levou Mohamed Bouazizi e milhares de pessoas às ruas, empenhados em quebrar o ciclo da miséria e opressão.

Talvez seja mais confortável para a chamada comunidade internacional lidar com um mundo árabe dividido entre nacionalistas, relativamente seculares, de um lado e islamismo radical, de outro, do que um mundo mais complexo, com problemas econômicos, sociais e políticos que conta com sua cumplicidade.

Fonte : altamiroborges.blogspot.com, artigo de Reginaldo Nasser, publicado no sítio Carta Maior:

sábado, 29 de janeiro de 2011

Analistas comparam protestos no Oriente Médio


Logo depois da derrubada do presidente da Tunísia Zine El Abidine Ben Ali, observadores traçaram paralelos entre os protestos tunisianos e os que ocorrem em outros países da região.

Existe especulação a respeito de um possível efeito dominó, parecido com o que levou ao colapso de governos comunistas na Europa Oriental a partir de 1989.

Em vários países do Oriente Médio ou do norte da África, populações jovens que aumentam cada vez mais enfrentam problemas como o aumento dos preços do alimentos, altos índices de desemprego e falta de representação política. Alguns países são liderados por autocratas envelhecidos que também enfrentam problemas de sucessão.

A BBC analisa abaixo os países envolvidos e a real possibilidade de mudança em cada um deles.


EGITO
O Egito tem muitas semelhanças com a Tunísia: dificuldades econômicas, corrupção no governo e pouca oportunidade para seus cidadãos expressarem insatisfação com o sistema político. O presidente Hosni Mubarak, de 82 anos, tem o monopólio quase completo do poder e ocupa a Presidência nas últimas três décadas, além de buscar a reeleição em 2011.

Foram relatados vários casos de autoimolação no Egito em janeiro, em aparentes tentativas de imitar as ações do jovem tunisiano Mohamed Bouazizi, que ateou fogo ao corpo em dezembro e morreu dias depois no hospital, desencadeando o protesto que acabou resultando na derrubada do presidente Ben Ali.

No dia 25 de janeiro, a profunda frustração de egípcios comuns foi parar nas ruas do Cairo. Manifestantes, muitos com bandeiras tunisianas e egípcias, foram às ruas em grande números, algo que não era visto desde a década de 70. Grupos de oposição exigiram a renúncia do presidente Mubarak e pediram o fim da pobreza, corrupção, desemprego e de abusos da polícia.

A polícia foi pega de surpresa pelo tamanho e força das demonstrações, de acordo com o correspondente da BBC no Cairo Jon Leyne.

Mas, a mudança não virá tão facilmente para o Egito. O país é oito vezes maior que a Tunísia, a população tem menos educação e menos acesso à internet. Os sindicatos não são tão poderosos e o forte aparato de segurança de Mubarak é bem equipado e mais experiente no combate a dissidentes.


IÊMEN
O Iêmen teve vários dias de protestos. O país é um dos mais pobres do mundo árabe e metade da população vive com menos de US$ 2 (cerca R$ 3,30) por dia.
Jovens e grupos de oposição tomaram as ruas da capital, Sanaa, e a cidade de Áden, no sul do país, exigindo a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, no poder há quase 32 anos.

Para tentar diminuir os protestos, Saleh anunciou no dia 23 de janeiro que tinha ordenado um corte pela metade no imposto de renda e dado instruções ao governo para controlar os preços de mercadorias básicas. Ele também negou acusações de que estava planejando entregar o poder a seu filho, Ahmed.

O governo do Iêmen também libertou 36 pessoas presas por participarem dos protestos, incluindo a ativista Tawakul Karman, famosa por defender os direitos humanos no país.

Mas, ao mesmo tempo, o presidente aumentou os salários de funcionários públicos e funcionários das Forças Armadas, uma medida que visa, aparentemente, manter a lealdade destes empregados. E também enviou a tropa de choque e soldados para áreas importantes do Iêmen.


ARGÉLIA
Enquanto os protestos aumentavam na Tunísia, o vizinho do oeste, a Argélia, também teve grandes números de jovens tomando as ruas. Assim como na Tunísia, os problemas econômicos parecem ter sido o gatilho que desencadeou os protestos, particularmente os grandes aumentos nos preços de alimentos.

O país vive em estado de emergência desde 1992 e demonstrações em público na capital, Argel, foram proibidas. Mas há protestos repentinos regularmente em outros lugares do país.

Nas últimas semanas, estes protestos ocorreram simultaneamente em toda a Argélia pela primeira vez, incluindo em Argel.

No entanto, os protestos não aumentaram de intensidade como na Tunísia, algo que analistas afirmam ser consequência da reação mais contida das forças de segurança, além da intervenção do governo para limitar os aumentos de preços.

O governo da Argélia tem uma riqueza considerável, vinda da exportação de petróleo e gás, e está tentando enfrentar as demandas econômicas e sociais com um grande programa de gasto público. Mas as reclamações continuam, incluindo a insatisfação da população com desemprego, corrupção, burocracia e falta de reformas políticas.

A tumultuada história recente da Argélia contrasta com a da Tunísia. O país teve a abertura do sistema político em 1988, que resultou no relaxamento de restrições à imprensa e eleições multipartidárias. Por sua vez, isto levou a um conflito sangrento entre forças de segurança e rebeldes islâmicos.


LÍBIA
A reação do líder líbio, Muamar Khadafi, no sábado, à queda do presidente Ben Ali, da Tunísia, parece refletir seu nervosismo em relação a um possível efeito dominó na região.

"Não há ninguém melhor que Zine para governar a Tunísia. A Tunísia agora vive com medo", disse o líbio.

Depois de 41 anos no poder, Khadafi é o líder que está no poder há mais tempo na África e no Oriente Médio, e também o mais autocrático.

Protestos de qualquer tipo são proibidos no país, mas há informações de que houve manifestações na cidade de al-Bayda. No entanto, a população da Líbia é muito menor e o país tem muitas riquezas advindas do petróleo.


JORDÂNIA
Milhares participaram de manifestações na Jordânia em um chamado "dia de fúria" no sábado, protestando contra o aumento do preço dos alimentos e o desemprego. Alguns exigiram a renúncia do primeiro-ministro Samir Rifai.

O governo diminuiu os preços de certos alimentos e de combustíveis, mas manifestantes afirmam que é preciso fazer mais para enfrentar a pobreza causada pela inflação.

A Jordânia é uma monarquia e algumas partes da sociedade são leais à família real. O rei Abdullah 2º, que ocupa o trono desde 1999, parece ter escapado à maior parte da fúria dos manifestantes.

E, até agora, os protestos foram pacíficos e não ocorreram prisões.


MARROCOS
Como a Tunísia, o Marrocos está enfrentando problemas econômicos e acusações de corrupção no poder.

A reputação do governo do Marrocos foi atingida depois que o site Wikileaks revelou acusações de crescente corrupção, principalmente nos negócios da família real e também da "espantosa ambição" de pessoas próximas ao rei Mohammed 6º.



Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Estou à venda


Ok. Então pare e pense: por quais características você costuma ser lembrado?Organizado, metódico, criativo, líder nato, preguiçoso...

Algo que venho recomendando sempre às pessoas próximas de mim é que cuidem de sua imagem. Às vezes, uma boa propaganda aos contatos certos chama mais atenção que um currículo impecável parado na mesa do recrutador.

Claro, não se pode ignorar a trajetória profissional de ninguém, mas, mais do que traçar seu próprio caminho com esmero, é preciso fazer com que todos conheçam seus feitos e glórias. Para isso, lembre-se sempre: o que irá compor nossa vitrine e nos expor para o mercado são as nossas características.

Características
Façamos uma analogia de profissionais com produtos. Há embalagem, conteúdo, visibilidade e propaganda.

1- Conteúdo
Assim como um produto precisa ter qualidade, o profissional precisa ter conhecimento e informação. É preciso cuidar da própria educação e capacitação profissional para garantir chance de participar de processos interessantes.
Capacitação é o mais básico dos requisitos para simplesmente entrar na briga por uma vaga grande. Capacite-se.

2- Embalagem
Mas, mesmo se mostrando um gênio na vida acadêmica, as aparências precisam ser mantidas para que o mercado lhe veja com credibilidade. Neste caso, a embalagem do produto é a responsável. Quando na prateleira, um produto só tem uma chance de causar boa impressão. E essa impressão será decisiva no processo de compra. Por isso, é importante estar vestido de acordo com o lugar frequentado, saber as regras básicas de etiqueta, manter a higiene impecável e saber se comunicar com clareza – corporal e verbalmente. Sobre este assunto, existem inúmeros livros que abordam o tema. Vale à pena o investimento.

3-Visibilidade
Você tem conteúdo de qualidade e sua embalagem é atraente e bem cuidada. Só que sem visibilidade, sem aparecer, ninguém saberá de sua existência. Então, como fazer todos se lembrarem de uma marca em dezenas de outros profissionais quase iguais a você? Afinal de contas, quem não aparece não é lembrado.

Eis aqui a importância em frequentar eventos, ter sempre aquele cartão de visitas na manga e, claro, se mostrar preparado acaba lhe rendendo pontos positivos. Por exemplo: um blog ou site pessoal com uma apresentação breve da carreira, além de um portfólio com as principais conquistas e trabalhos, já permite que depois daquele primeiro contato as pessoas saibam melhor que tipo de profissional você é.

4- Propaganda
Faça-se ser lembrado. Aqui, o princípio é o mesmo da propaganda. Quanta publicidade você vê por dia, por semana, da mesma marca? Aí, vale televisão, jornal, rádio, internet etc. Lembre-se de exercer o networking apenas esporadicamente. Isso garante que você não perca afinidade com os contatos mais valiosos. Além disso, trabalhe sua marca para que, quando as pessoas falarem de você, pensem coisas positivas.

Associações positivas vendem muito bem, principalmente aqueles pensamentos como “ele resolve qualquer problema”, “é o melhor líder que conheço” ou “nele eu confio”. Só tome cuidado para não encher seus contatos de e-mails ou querer aparecer demais – o que o torna inconveniente com o passar do tempo. Seguindo estes princípios, é “venda” na certa.

Fonte: texto de Bernt Enteschev www.amanha.com.br

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

10 segredos do sucesso

1- O sucesso depende de sua atitude: Para desenvolver uma atitude mentalmente positiva, você deve possuir objetivos pessoais e profissionais claros;

2- Conhecimento: é o principal passo para alcançar o sucesso;

3- Tenha uma ampla capacidade de relacionamento;

4- Seja um(a) obstinado(a) na busca por resultados positivos;

5- Não espere que o tempo resolva todos os seus problemas – o tempo ajuda em muitos sentidos, mas os seus desafios é responsabilidade sua e, portanto, devem ser superados por você;

6- Você pode e deve trabalhar duro, porém com a certeza de que o dinheiro existe para lhe servir, proporcionar-lhe prazer, e não, para lhe escravizar ou trazer-lhe infortúnio.

7- Divida sua rotina em etapas que devem ser cumpridas com sapiência e precisão;

8- Updated: atualize-se, leia bons livros, assista bons filmes, esteja antenado (a) às novidades tecnológicas;

9- Promova palavras e pensamentos positivos, eles possuem um alto impacto em sua vida;

10- Tenha muita fé, amor e esperança, pois dificilmente alguém conhecerá a sucesso sem essas três palavras.

Por Evaldo Costa

Fonte: http://www.administradores.com.br

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Administração de Empresas - Nova Economia e o Futuro

Em um mundo em que a capacitação técnica das pessoas está tornando-se uniforme (hoje em dia está mais acessível e mais fácil cursar uma faculdade e adquirir o conhecimento, com isso, o aspecto humano é que está sendo o grande diferencial entre as empresas.

Enquanto no século 19, a capacidade técnica básica (quem conseguia fabricar, conseguia vender) garantia o crescimento das empresas e no século 20 avanços na administração de empresas e planejamento estratégico garantiam que grandes empresas atingissem novos patamares de desenvolvimento, agora no século 21 produzir e administrar bem já não é garantia de sucesso: entramos na era da criatividade.

A maioria das empresas não se preocupa com a inovação. É nesse ponto que mora o perigo: uma empresa pode até se estabilizar e conseguir um mercado estável para seus produtos e serviços, mas se ela não se preocupar em inovar e criar, se esse não for um dos focos da sua política de administração, com certeza virá uma empresa mais dinâmica e inovadora para tomar o seu mercado.

Antes de mais nada é preciso aceitar as novas verdades da administração de empresas do século XXI:

•Não existe mais mercado estável, não existe mais mercado cativo, grandes empresas de uma hora para outra, podem apresentar prejuízos bilhonários, enquanto outras empresas menores tomam seu mercado.

•A Internet populariza e distribui a informação de um modo que nunca foi visto antes pela humanidade. Não levar em conta essa ferramenta na administração de empresas hoje em dia, é um grande erro.

•É preciso cultivar a cultura da mudança, reformular produtos, traçar novas estratégias, extinguir e criar novos serviços devem ser práticas constantes.

Muita gente deve estar ser perguntando, então segundo a administração de empresas moderna quer dizer que não existe mais estabilidade ? A resposta é sim, a estabilidade existe e pode ser conquistada, mas é preciso inovar muito mais, é preciso ter um negócio criativo e bem diversificado para atingir a estabilidade.

Fonte: www.guiadacarreira.com.br

domingo, 23 de janeiro de 2011

O Conceito de Potencial Humano e Gestão de Pessoas na Administração de Empresas


Quanto vale um bom funcionário e qual seu potencial para a empresa? Muitas vezes não é possível quantificar este ativo fundamental do empreendimento e ter uma resposta precisa para a pergunta.

No passado próximo, era comum a ocorrência de falta mão-de-obra especializada, principalmente em países com educação menos desenvolvida, como o Brasil. O mercado possuía um déficit, principalmente na área de administração de empresas, para contratar funcionários com um bom conhecimento técnico.

Atualmente, com as melhorias na educação dos últimos 20 anos (disseminação dos cursos técnicos, aprimoramento do Ensino Superior, abertura de mais vagas, disponibilização de conteúdo na Internet, etc…), o conhecimento técnico já não é o maior problema da administração de empresas e demais áreas de atuação.

Sendo assim, o grande diferencial conciso, o diferencial que traz a vantagem competitiva atualmente, é o Potencial Humano dos funcionários.

Não há uma definição exata e formada dentro da administração de empresas sobre o que venha a ser Potencial Humano, mas podemos citar algumas características humanas interessantes que os gerentes estão procurando:

Boa Capacidade de Comunicação: O funcionário deve saber expor suas idéias de maneira clara e manter uma boa sociabilidade.

Boa Leitura da Empresa: O funcionário deve ter uma boa compreensão do funcionamento da empresa, para poder entender os eventuais problemas e trazer soluções para os mesmos.

Capacidade de Trabalho em Equipe: Essa é uma característica fundamental que os especialistas em administração de empresas buscam na hora da contratação. Com a crescente especialização, é fundamental que os funcionários saibam trabalhar com pessoas de diferentes áreas e especialidades.

Capacidade de Auto-crítica: É interessante que os funcionários saibam fazer auto-críticas construtivas e que saibam admitir seus erros, só assim poderão progredir e melhorar como pessoa e profissional.

Baseado no conceito de potencial humano dos funcionários de uma empresa, surgiu outro conceito dentro da administração de empresas, o conceito da Gestão de Pessoas.

Segundo a gestão de pessoas, o maior patrimônio da empresa não é o seu capital (dinheiro) e nem mesmo a sua tecnologia, o maior patrimônio de uma empresa é o seu quadro de funcionários.

A gestão de pessoas foi desenvolvida dentro das administração de empresas para escolher os melhores e potencializar os talentos.

Pesquisas feitas por importantes institutos de pesquisa e universidades, apontam uma tendência interessante:

•20% do total de vendedores de uma empresa, fazem 80% das vendas

•20% dos representantes de uma empresa, fecham 80% dos melhores negócios.

•20% dos fazendeiros de um país geram 80% dos alimentos para a população.

Desta maneira, segundo os conceitos de administração de empresas, podemos dividir os funcionários em 3 categorias:

Funcionários Alpha: Correspondem, em geral, a 20% do quadro de empregados, são os mais competentes e motivados dentro da empresa, apresentam liderança, alta capacidade para resolução de problemas, uma excelente capacidade de adaptação e um alto comprometimento com a empresa. Seu objetivo é “crescer junto com a empresa”.

Funcionários Comuns: Correspondem, em geral, a 70% do quadro de empregados, são esforçados porém sem muita motivação, tem o perfil de liderados, preferem estabilidade ao invés de mudança e tem um bom nível de comprometimento com a empresa. Seu objetivo é ” trabalhar e cumprir com o seu dever “.

Funcionários Sem Compromisso: Correspondem, em geral, a 10% do quadro de empregados, são adeptos do mínimo esforço e fazem somente o que é explicitamente designado, tem um nível mínimo de comprometimento com a empresa. Seu objetivo é “manter o emprego”.

Fonte: www.guiadacarreira.com.br

sábado, 22 de janeiro de 2011

O Conceito de Planejamento Estratégico


Na Administração de Empresas moderna, o conceito de Planejamento Estratégico é um dos instrumentos mais importantes. Planejamento Estratégico consiste em um processo de gerencia contínuo e persistente no qual o gestor, ou gestores, responsáveis pela empresa determinam os parâmetros que a companhia deve seguir no curto, médio e longo prazo.

Uma vez estabelecidos os objetivos de médio e longo prazo da empresa, o planejamento estratégico passa também a definir as diretrizes diárias da empresa, buscando e fornecendo aos administradores informações para tomada das melhores decisões.
É preciso se adiantar ao mercado, prever as tendências, uma empresa que não tem planejamento é como uma folha seca solta ao vento: ela se move ao sabor do acaso, não se sabe onde ela pode parar.

Em relação aos administradores, é preciso saber focar os objetivos: Se todo o foco for dado ao planejamento de longo prazo, as questões operacionais vão acabar sendo negligenciadas e a empresa vai perder eficiência, no entanto, se todo o foco for dado ao dia a dia da empresa, as questões estratégicas vão acabar sendo negligenciadas e a empresa vai perder o rumo, ficando estagnada. A empresa deve ter um objetivo, deve ter uma razão de ser.

O administrador não deve se tornar uma espécie de bombeiro, apagando “incêndios” toda vez que um novo problema surge, o administrador além de se preocupar em apagar o fogo, deve sempre também buscar as origens dos incêndios.

O Planejamento Estratégico pode ser implementado com base em 4 passos básicos:

1. Definição da Missão Corporativa da Empresa
Dentro do planejamento estratégico, Missão Corporativa pode ser entendida como o a razão de ser da empresa. É a missão corporativa que define para onde serão direcionados os esforços diários dentro da companhia.

Qual o perfil dos clientes da empresa ? Qual é o negócio da empresa ? O que a companhia busca trazer para os seus clientes ? O objetivo da empresa é focar em clientes pontuais, ou na massa em geral ? Pensar sobre este assunto e saber precisamente a resposta para estas perguntas pode fazer toda a diferença. A missão corporativa do Google por exemplo, segundo a própria companhia é: organizar toda a informação do mundo e torná-la universalmente acessível e útil. Enquanto a Ferrari por exemplo se concentra em fabricar carros esportivos de luxo ( que poucos clientes pode adquirir ), a Nissan foca no mercado da classe média, produzindo carros baratos e econômico ( que muitos clientes pode adquirir ). Dentro do contexto da administração, é a missão corporativa que determina o que a empresa vai ser.

2. Análise e Determinação da Situação da Empresa
Na segunda etapa do estabelecimento do planejamento estratégico, a situação da empresa deve ser analisada e bem determinada. Afinal ( pelo menos não no curto prazo ) não se pode buscar objetivos que estejam fora do alcance e escopo da empresa. É preciso conhecer bem a situação atual, para poder dar o próximo passo com segurança. Para se determinar com clareza a situação da empresa, dois fatores devem ser levados em conta: Análise Externa e Análise Interna.

Análise Externa: Como análise externa, podemos entender basicamente como a análise do mercado e também da concorrencia da empresa. Conhecer bem o mercado e conhecer bem o que está sendo disponibilzado pela concorrência, faz toda a diferença no estabelecimento de metas concisas para a empresa.

Análise Interna: Como análise interna da empresa entendemos como a determinação da situação interna precisa da empresa. A primeira iniciativa que a empresa deve tomar para realizar uma boa análise interna é passar por um processo de determinação e catalogo dos ativos patrimoniais. Esta tarefa realizada através da implementação do processo de gestão patrimonial. Quanto maior a empresa, mais complexa será a determinação dos ativos patrimoniais e também mais importante será a mesma. A realização de uma boa consultoria em gestão patrimonial sempre auxilia na tomada das melhores decisões.

3. Definição Precisa dos Objetivos da Empresa
Uma vez definida a missão corporativa da empresa, uma vez conhecida a situação externa e interna da empresa, através da realização dos estudos de gestão patrimonial, chega a hora de definir precisamente os objetivos da empresa. Quando se tem conhecimento, melhores metas, metas mais realistas podem ser traçadas.
Do mesmo modo que a empresa não deve desperdiçar seu potencial de crescimento focando em objetivos mediocres, também não pode gastar toda a sua energia tentando atingir um objetivo impossível. Para definir as metas da empresa, antes de mais nada, é preciso conhecimento.

4. Definição das Estratégias da Empresa
Agora que as metas foram estabelecidas, chega a hora da ação. Na fase de definição das estratégias, é o momento em que os gestores vão planejar e atribuir as tarefas a todos os envolvidos na empresa para que as metas sejam atingidas. Se a empresa planejou bem, analisou corretamente o mercado, definiu objetivos viáveis e adotou estratégias inteligentes, com certeza irá atingir seus objetivos. Uma vez que um objetivo é atingido, o processo pode então ser reiniciado e um objetivo maior pode ser buscado.

observação: no topo do texto temos o ciclo do pensamento estratégioco

Fonte: www.guiadacarreira.com.br

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Bolsa de Valores - Ações o que são?


As Bolsas de Valores, que existem em praticamente todos os países do Mundo Capitalista, são instrumentos muito importantes para fazer as empresas crescerem, alavancar a economia e aumentar a renda das pessoas.

Todo mundo com certeza já ouviu falar de Bolsa de Valores alguma vez na vida, mas entender como ela funciona, aí já é outra coisa… poucos entendem claramente como funciona o mercado de ações.

Basicamente a bolsa de valores, do ponto de vista da administração e economia, é um local onde se negocia, vende e compra ações.

Para entender como funciona a bolsa de valores inclusive, o melhor é começar pelo básico, entender primeiro o que é uma ação.

A Ação, um conceito fundamental para a Administração de Empresas, é como se fosse um pequeno pedaço de uma empresa.

Quando você compra uma ação ( ou várias ) de uma empresa, é como se você se tornasse também um pequeno sócio da companhia.

Quanto mais ações você tiver, no caso, maior a sua importância dentro da empresa. Se você tiver a maioria das ações da empresa ( 51% de todas as ações ) você inclusive vira o dono da mesma !!

Por isso, de um modo geral, os especialistas em Economia e Administração de empresas só negociam no máximo 49% das ações na bolsa de valores.

Existem 2 tipos básicos de ações:

Ação ON ( Ordinária Normativa ): As ações ON são as melhores do ponto de vista dos grandes investidores e profissionais de administração de empresas. Elas dão direito a voto nas decisões da empresa permitindo que o acionista participe ativamente da empresa.

Ação PN ( Preferencial Normativa ): As ações PN são as melhores para os pequenos investidores que usam a bolsa como fonte complementar de renda. Elas não dão direito a voto em nada, no entanto, quem tem ações PN recebe os dividendos ( lucros ) primeiro.

Em geral as empresas pagam os seus acionistas todo mês ( mensalmente ) ou então trimestralmente.

As ações PN em geral são as preferidas gerais, pois a maioria dos investidores são pequenos e querem lucros rápidos, elas são vendidas e compradas mais rápido.

As ações ON são preferidas pelos profissionais de economia, administração de empresas e fundos de investimento que querem participar da gestão das empresas e até mesmo comprar as empresas.

Como Investir na Bolsa de Valores ?

Basicamente, qualquer pessoa adulta, que tenha um pouco de dinheiro guardado e que tenha coragem de arriscar ( sim, arriscar !! pois as ações as vezes dão prejuízo ) pode investir na bolsa de valores, não é necessário ser nenhum profissional de economia pra isso.

O primeiro passo para investir na bolsa de valores é procurar umacorretora cadastrada na CVM ( Comissão de Valores Mobiliários ).

Para se cadastrar em uma corretora você vai precisar basicamente de CPF, RG, comprovante de residência no Brasil e comprovante de renda.

As corretoras, locais onde trabalham profissionais de administração de empresas, economia e gestores especializados são as instituições que fazem a ponte entre os investidores e a bolsa de valores.

Assim que você se cadastrar na corretora, ela então vai abrir para você uma conta da Bovespa ( Bolsa de Valores de São Paulo ).

Quando você tiver sua conta na Bovespa, já pode começar a comprar e vender ações.

Existem 3 maneiras de comprar ações:

Fundos Profissionais de Investimento: Os fundos profissionais de investimento na bolsa de valores são a opção mais simples para comprar ações, indicada para quem não entende nada de economia. Para comprar ações através de um fundo, você deve comprar uma cota do fundo ( em geral o preço mínimo é de R$ 1000,00 ), aí não precisa se preocupar mais, o fundo compra as melhores ações pra você automaticamente e te repassa os lucros. A desvantagem dos fundos é que eles cobram taxas extras pelo trabalho que fazem. O Risco e o Retorno são relativamente baixos.

Clubes de Investimento: Os clubes de investimento na bolsa de valores parecem com os fundos, mas a diferença é que não são tão profissionais. Para fundar um clube de investimento, 3 pessoas no mínimo e no máximo 150, podem se unir e juntas comprar as ações. Elas compram e vendem as ações juntas, com mais gente reunida fica melhor para comprar ações mais caras. Em geral os clubes também cobram taxas, mas são mais baratas que as dos fundos.O Risco e o Retorno podem ser de médio alcance.

Home Broker ( Investir Pessoalmente ): O modo Home Broker é indicado para profissionais, neste modo a pessoa negocia, compra e vende suas ações pessoalmente na bolsa. É arriscado, mas é o modo que pode gerar mais lucros na bolsa de valores. No Home Broker você pode comprar as ações pela Internet ou então ligando para o seu corretor e dando as ordens. A vantagem do Home Broker é que você não paga taxas pra ninguém, só para o seu corretor, a desvantagem é que se tiver prejuízo ele é só seu. O Risco e o Retorno podem ser extremamente alto.

Fonte: www.guiadacarrera.com.br

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Utilizar a sua "marca" corretamente é imprescindível.

Você já parou para pensar na importância da marca na vida de uma empresa?

A marca é o cartão de visitas, é ela que transmite toda a personalidade de uma companhia, sua história, sua reputação, seu comportamento no mercado e na sociedade.

Uma marca forte atrai profissionais, clientes, consumidores, distribuidores e fornecedores que se identificam com a forma como a companhia faz negócio e atua com seu público.

A marca é um valioso ativo que reforça a identidade da empresa. Para isso, é necessário cuidado com sua correta aplicação.

Fonte: site da PETROBRAS

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Será que a nossa vida realmente está piorando?

Virou moda entre ambientalistas de hoje pintar um quadro sombrio de nosso futuro. Embora existam muitas questões ambientais por resolver, muitas espécies ameaçadas, mais poluição do que a maioria de nós gostaria e gente demais passando fome todos os dias, não vamos esquecer-nos de como chegamos longe, tendo começado 10 mil anos atrás.

Naquele tempo, todas as pessoas viviam como caçadoras-coletoras em relativa pobreza comparada com hoje. O quanto elas eram pobres? Se alguém entrar hoje numa aldeia ianomâmi no Brasil - uma boa analogia de como viviam nossos ancestrais - e contar as ferramentas de pedra, cestos, pontas de flecha, arcos, redes de dormir, vasos de cerâmica, outras ferramentas diversas, vários produtos medicinais, bichos de estimação, produtos alimentícios, artigos de vestuário, etc., não contaria mais de 300 artigos. Há 10 mil anos, essa era a riqueza material aproximada de cada aldeia do planeta.

Em contraste, se entrar na aldeia de Manhattan hoje e contar todos os produtos diferentes disponíveis em lojas de varejo e restaurantes, lojas de fábrica e superlojas, terminaria com um número estimado de cerca de 10 bilhões (com base na conta pelo sistema de código de barra UPC). Antropólogos econômicos estimam que a renda anual média de caçadores-coletores tenha sido de cerca de US$ 100 por pessoa e a renda anual média por pessoa em grandes cidades esteja em torno de US$ 40 mil.

Se já houve um grande salto à frente, essa é uma evidência. Eric Beinhocker em seu livro, The Origin of Wealth (A origem da riqueza) estimou que a renda anual de US$ 100 por pessoa só cresceu a cerca de US$ 150 por pessoa até 1000 a. C. e não excedeu a US$ 200 por pessoa até depois de 1750 e o começo da Revolução Industrial. Hoje, a média é US$ 6.600 por pessoa por ano para o mundo inteiro. Claro, a magnitude da riqueza é muito maior para as pessoas mais ricas nos países mais ricos.

Como mostra Gregg Easterbrook em The Progress Paradox (O paradoxo do progresso), nos últimos 50 anos, os padrões de vida aumentaram dramaticamente. O Produto Interno Bruto per capita em 1950, computado em dólares de 1996, era de apenas US$ 11.087, ante US$ 34.365 em 2000.

E mais pessoas estão subindo na hierarquia econômica. Em 2000, um quarto dos americanos ganhava pelo menos US$ 75 mil por ano, o que os situava na classe média alta, em comparação com 1890, quando somente 1% ganhava o equivalente a esse valor. Desde 1980, a porcentagem de pessoas que ganham US$ 100 mil ou mais por ano, em dólares de hoje, dobrou. O que podemos comprar com esse dinheiro também aumentou significativamente. Um cheeseburger do McDonald “s custava 30 minutos de trabalho nos anos 50, três minutos de trabalho hoje.

Também temos mais bens materiais - de veículos a roupas de grife e engenhocas de todo tipo. Isso não é tudo. A violência diminuiu. Na maioria dos países os trabalhadores de hoje também têm uma semana de trabalho mais curta, com uma queda acentuada do total de horas trabalhadas nas últimas 15 décadas. Por causa disso, seria perfeitamente normal rejeitar uma viagem na máquina do tempo a qualquer ponto do passado. Sem menosprezar problemas que ainda precisam ser resolvidos, é tempo de reconhecer que esta é uma vida melhor para mais pessoas em mais lugares.

Fonte: Michael Shermer - É Publisher da revista "skeptic" e colunista da "scientific american"V - Los Angeles Times - O Estado de S.Paulo - tradução de Celso m. Paciornik

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

CBN e TV Globo não transmitiram alerta do INMET

O jornal O Globo ao dizer que a Defesa Civil estadual do Rio de Janeiro transmitiu com horas de antecedência um alerta do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), para as prefeituras serranas (onde houve mais mortes), mas a mensagem não chegou à população. Onde estavam as rádios e TV's do sistema Globo que divulgam a previsão do tempo todo dia, em todo noticiário, e não prestam o serviço público básico de avisar a população um alerta destes, para pessoas que vivem em áreas de risco buscarem abrigos seguros?

As rádios e TVs são concessões públicas, e como contrapartida para exploração comercial da concessão, o mínimo que se espera é que preste informações essenciais à população sobre alertas dessa natureza, que colocam a vida em risco.

Os prefeitos e governadores, obviamente, tem sua cota de responsabilidade. Prefeitos que não fazem projetos para moradias para a baixa renda, que não implantam sistemas de alerta para a população, que ignoram estudos de risco cortando verbas que estão ao alcance do orçamento, não tem desculpa. É claro que há prefeitos e governadores que herdaram uma situação de abandono que, mesmo fazendo o melhor possível, para resolver tudo leverá muitos anos, indo muito além do mandato, mas o que não pode é deixar de começar pelas prioridades.

Governos que estão a mais de 10 anos no poder, como o PSDB em SP (16 anos), e não investiram e nem executaram obras a contento, mesmo tendo financiamento nacional e internacional, não tem desculpa: é falta de governo, é negligência, ou seja, as enchentes em SP não deveriam provocar as mazelas que em todo verão fazem.

É falta: de limpeza na calha dos rios, de cuidar das bacias hidrográficas, de reflorestamento das matas ciliares, de manutenção e controle das represas da SABESP, de coleta adequada do lixo, de obras de drenagem, e de projetos e de terrenos seguros para moradias para a baixa renda.

Mas são esses prefeitos e governadores que a imprensa corrupta elogia, são os que cortam verbas de infraestrutura e de trabalhadores no serviço público, para gastar com propaganda, enchendo os bolsos dos donos dos jornais e TVs com dinheiro público.



Fonte: blogamigosdopresidenteLula

domingo, 16 de janeiro de 2011

Projeto do governo para inteligência na fronteira do país está atrasado


Um megaprojeto de inteligência e integração de forças de segurança na fronteira brasileira, que tem como objetivo combater o crime organizado internacional, só deve começar a funcionar nos primeiros meses de 2011, embora o cronograma do governo federal previsse que, no segundo semestre de 2010, o programa já estaria em fase mais avançada.

O projeto de Policiamento Especializado na Fronteira (Pefron) prevê batalhões próprios e uso de equipamentos de última geração, como binóculos com câmera, aviões anfíbios e helicópteros tripulados e não-tripulados.

É prevista a atuação de policiais civis, militares e peritos criminais, que serão treinados pela Polícia Federal e Força Nacional de Segurança.

O maior controle de fronteiras é apontado por especialistas como principal caminho para combater a entrada de drogas, armas e munições, que abastecem organizações criminosas no país.

Na maior operação de combate ao tráfico realizada no Rio nas últimas duas semanas, na Vila Cruzeiro e conjunto de favelas do Alemão, a Polícia Militar informou ter encontrado 42 toneladas de drogas e 222 armas de diferentes calibres, além de ampla quantidade de munição.

Conforme documento do Ministério da Justiça, pelo cronograma do Pefron, lançado em 2008, as unidades de inteligência deveriam ter começado a funcionar em maio, o que não ocorreu. O projeto prevê 11 unidades, instaladas em cada um dos 11 estados do país que têm fronteira seca – são quase 17 mil quilômetros.

A previsão é de investimentos de R$ 90 milhões em equipamentos somente em 2011.

A primeira unidade do Pefron será no Estreito de Breves, na cidade de Breves (PA). De acordo com o governo do Pará, a base está pronta, mas, como será na beira do Rio, é preciso preparar o terreno antes da colocação dos contêineres para que a terra não ceda. A assessoria de imprensa informou que houve atraso nas licitações para compra de equipamentos, fabricados fora do Brasil. Disse ainda que há previsão de que, nos primeiros meses de 2011, os equipamentos vindos do governo federal comecem a chegar no estado. Dois helicópteros para monitoramento foram comprados pelo estado e devem ser usados no Pefron.

Fonte: PORTAL G-1 via NOTIM

sábado, 15 de janeiro de 2011

Denúncias sobre o cunhado de Alckmin teriam sido engavetadas em 2006

Um documento redigido em papel timbrado e assinado por 11 vereadores de Pindamonhangaba (SP) indica a existência de um pacto entre políticos do município para evitar investigações sobre denúncias de corrupção envolvendo Paulo Ribeiro, cunhado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O acordo, revelado pelo Estado de S. Paulo, foi firmado em outubro de 2006, antes do segundo turno das eleições presidenciais, com o objetivo de não prejudicar Alckmin na disputa com Luiz Inácio Lula da Silva.

As denúncias foram feitas, à época, pelo ex-vice-prefeito João Bosco Nogueira. Como resultado do adiamento, o principal acusado de desvios de verbas na prefeitura, o então secretário de Finanças Silvio Serrano, manteve-se no cargo por mais quatro anos. Somente em outubro de 2010, sob pressões da promotoria e da própria Câmara de Vereadores, Serrano e outros integrantes do primeiro escalão das finanças foram demitidos.

Um dos vereadores que subscreveram o documento é a sobrinha do governador, Myriam Alckmin, hoje vice-prefeita do município. De acordo com Nogueira, Ribeiro oferece recursos para garantir a eleição de prefeitos no interior do estado. Em troca, pode nomear secretários e funcionários em postos que permitem superfaturar contratos e favorecer prestadores de serviços. O governador não se manifestou sobre o escândalo.

Fonte: http://www.rodrigovianna.com.br/ por Redação Carta Capital

Brasil proíbe a parada de um navio da Marinha britânica que se deslocava para as Malvinas


Como ocorreu com o Uruguai em setembro passado, o governo do Brasil proibiu a entrada no porto do Rio de Janeiro do patrulheiro da Royal Navy com destino as ilhas Malvinas.

Fontes diplomáticas confirmaram o incidente. Em Buenos Aires, as autoridades dizem que estão perfeitamente “satisfeitos”, mas evitaram fazer declarações públicas que possam embaraçar o Brasil, ao preparar uma visita da nova presidente do país, Dilma Rousseff em 31 de janeiro próximo.

Segundo o jornal Clarín, o navio em questão é o HMS Clyde, que realiza missões de vigilância marítima na zona da ilha controlada pelos britânicos. O Chile or sua vez autorizou a permanencia do navio em seus portos.

A Embaixada do Reino Unido em Buenos Aires informou que: “O Governo do Reino Unido respeita o direito do governo brasileiro em tomar essa decisão. O governo britânico mantém relações estreitas com o Brasil e o tratado de cooperação e de defesa assinado em setembro é um bom exemplo da força destas ligações.

Esta é a primeira vez o Brasil proibiu uma paragem de um navio britânico com destino a o arquipélago desde o fim do conflito no atlântico sul. O Uruguai já rejeitou duas vezes uma parada de navios de guerra britânicos no porto de Montevidéu, em apoio dos pedidos da Argentina.

Fonte: Le portail des Sus-marins via Plano Brasil

País planeja laboratório oceanográfico em alto-mar


O Brasil tem uma ambiciosa proposta de fincar um laboratório oceanográfico na mais remota fronteira marítima do país e, com isso, garantir o domínio territorial sobre uma área em que as riquezas naturais escondidas vão além do petróleo na camada do pré-sal. No limite da plataforma continental, a 350 milhas náuticas (648 quilômetros) da costa, o potencial de reservas minerais é imensurável, segundo uma fonte militar revelou ao GLOBO.

Com a implantação de um centro de pesquisas em alto-mar e o investimento em satélites, embarcações de patrulhamento e submarinos, a estratégia que vem sendo esboçada reservadamente pelo governo Dilma Rousseff é no sentido de afastar investidas de estrangeiros, como americanos, russos, alemães e japoneses, nos cobiçados mares do Atlântico Sul.

O instrumento de pesquisa, cujo projeto envolve os ministérios da Defesa, da Ciência e Tecnologia, do Meio Ambiente e investidores privados brasileiros, passará a ser usado para marcar a presença do Brasil dentro e fora das 200 milhas (370 quilômetros) hoje delimitadas. É o mesmo espírito que move a ocupação de pesquisadores do minúsculo arquipélago de São Pedro e São Paulo, a 1.010 quilômetros de Natal (RN). Os cientistas atualmente se revezam a cada 15 dias no arquipélago.

A localização e o projeto da plataforma fixa que dará suporte ao laboratório ainda estão em fase de elaboração. A determinação de custos e de prazo para a construção do equipamento é a próxima etapa, e a idéia é formalizar um consórcio com a participação do governo, da Petrobras e de parceiros da industrial nacional para custear o projeto. Além das pesquisas direcionadas à segurança ambiental, ao desenvolvimento de tecnologia naval e à biotecnologia, já há entendimento para que o laboratório tenha um observatório submarino, cujas imagens estariam disponíveis ao público pela internet.

Exploração brasileira tem respaldo das Nações Unidas

No limite de 200 milhas mar adentro, entra na pauta de prioridades a descoberta de petróleo no pré-sal. Os mais preocupados citam a volta da Quarta Frota dos Estados Unidos, país atento ao fortalecimento de uma frota militar na região. Um oficial da Marinha lembra a “incrível coincidência” entre o anúncio do petróleo na camada pré-sal e a decisão dos americanos de deslocar para o Caribe a Quarta Frota – divisão da Marinha americana responsável por operações no Atlântico Sul.

O faturamento potencial das reservas do pré-sal, considerando as atuais estimativas de 40 bilhões de barris, com o preço médio unitário de US$100, alcançaria US$4 trilhões. A ideia, segundo revelou ao GLOBO alto funcionário do governo, é “cravar os pés brasileiros” em um eldorado cuja soberania nacional pode ser questionada no futuro. A autoridade lembra que, nos limites oceânicos, prevalece a ocupação permanente para fins de domínio territorial. – Vamos pegar o limite da área de disputa, antes de outros. Eles vêm aqui com a Quarta Frota e nós vamos com o laboratório marítimo, muito mais simpático – afirma.

O Brasil já conquistou, junto às Nações Unidas, respaldo para explorar científica e comercialmente uma vasta área oceânica, que alcança 350 milhas náuticas, entre a fronteira com a Guiana Francesa e a divisa com o Uruguai. E disputa outros três trechos estratégicos, um ao sul e outro ao norte das reservas do pré-sal, inclusive na ainda misteriosa costa do extremo sul do país. O terceiro ponto segue em direção ao Mar do Caribe.

A questão é que, quando o pré-sal estiver a pleno vapor, o Brasil estará entre os maiores fornecedores de petróleo do mundo, podendo chegar ao nível do Oriente Médio. Passará também a ser um ator relevante no setor de energia. Assim, exercerá influência sobre as nações produtoras e terá de negociar pesadamente com os grandes consumidores, onde se inserem os americanos. – Estamos trabalhando sobre um cenário de 30, 40 anos. Nossa preocupação, no caso do pré-sal, não é com uma ameaça imediata. Não importa o que aconteça no futuro, temos de estar preparados para a adversidade – esclareceu uma fonte da área militar.

Em outra frente, o Brasil se prepara para disputar novos espaços para entrar firme em mineração no solo oceânico, na área fora do pré-sal e após as 200 milhas, entre a África e a América do Sul. As Nações Unidas trabalham em uma normatização para a exploração dos solos marinhos na faixa entre os dois continentes, hoje ocupada por embarcações da Rússia, do Japão e da Alemanha.

- A América do Sul e a África podem interferir nas decisões da ONU sobre o Atlântico Sul – diz essa fonte.

Um das preocupações é que, com a autorização dada aos países para explorar minérios, serão montadas estruturas no caminho das rotas marítimas comerciais brasileiras, o que provocará aumento de custo e obrigará navios a desviarem o curso. Mais um item a encarecer o frete.

- O Atlântico Sul é a região do oceano menos estudada do planeta e 92% do nosso comércio exterior passam por lá. Essa base científica é fundamental e vale a pena, não importa o custo – avalia Jorge Ramalho, especialista em relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB).

Plataforma será patrulhada por submarino nuclear

No ano passado, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, iniciou uma ofensiva junto aos países da Costa Oeste da África, para que seja deslanchada uma ação conjunta que beneficie os dois continentes na negociação no âmbito da ONU. Jobim ofereceu a Marinha brasileira para ajudar os africanos a mapearem sua plataforma continental e estabelecer seus próprios limites.

Para assegurar o controle da plataforma brasileira, serão usados um submarino convencional e um submarino nuclear, que pode ficar meses submerso com uma velocidade maior. Também serão comprados mais navios de patrulha oceânica e construído um sistema de satélite para monitorar a chamada Amazônia Azul.

Fonte: O Globo, via Plano Brasil e GeoPolítica Brasil

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Guerra de Quarta Geração: “Aniquilar, controlar ou assimilar o inimigo”


A quarta guerra mundial já começou. Enquanto você descansa, enquanto você consome, enquanto você goza os espetáculos oferecidos pelo sistema, um exército invisível está se apoderando de sua mente, de sua conduta e de suas emoções.

Sua vontade está sendo tomada por forças de ocupação invisíveis sem que você suspeite de nada. As batalhas já não se desenrolam em espaços distantes, mas em sua própria cabeça. Já não se trata de uma guerra por conquista de territórios, mas de uma guerra por conquista de cérebros, onde você é o alvo principal.

O objetivo já não é mais matar, mas fundamentalmente controlar. As balas já não se dirigem apenas a seu corpo, mas às suas contradições e vulnerabilidades psicológicas. Sua conduta está sendo checada, monitorada e controlada por especialistas.

Sua mente e sua psicologia estão sendo submetidas a operações extremas de guerra de quarta geração. Uma guerra sem frentes nem retaguardas, uma guerra sem tanques nem fuzis, onde você é, ao mesmo tempo, a vítima e o algoz.

A guerra de quarta geração
Guerra de quarta geração (Fourth Generation Warfare – 4GW) é o termo usado pelos analistas e estrategistas militares para descrever a última fase da guerra na era da tecnologia da informação e das comunicações globalizadas.

Embora no início da década de noventa do século XX a teoria não tenha sido detalhada, nem tenha ficado expresso claramente o que se entendia por 4GW, o conceito foi logo associado à guerra assimétrica e à guerra antiterrorista.

Alguns analistas relacionam seu ponto de partida histórico com os atentados terroristas de 11 de setembro [de 2001] nos Estados Unidos.

Em 1991, o professor da Universidade Hebraica de Jerusalém Martin van Creveld publicou um livro intitulado “A transformação da guerra”, que daria sustento intelectual à teoria da 4GW.

O autor afirma que a guerra evoluiu até o ponto em que a teoria de Clausewitz se tornou obsoleta.

Martin Van Creveld prevê (livro - “A transformação da guerra”) que no futuro as bases militares serão substituídas por esconderijos e depósitos e o controle da população se efetuará mediante uma mistura de propaganda e terror.

As forças regulares serão transformadas em algo diferente do que tem sido tradicionalmente, assinala van Creveld. Ele também prevê o desaparecimento dos principais sistema de combate convencionais e a conversão das guerras em conflitos de baixa intensidade (também chamadas Guerras Assimétricas).

1-A versão antiterrorista
Depois dos ataques terroristas de 11 de setembro (de 2001)nos Estados Unidos, a Guerra de Quarta Geração se complementa com o uso do “terrorismo midiatizado” como estratégia e sistema avançado de manipulação e controle social.

Produz-se pela primeira vez o uso sistematizado do “terrorismo” (realizado por grupos de operação infiltrados na sociedade civil), complementado pela Operações Psicológicas Midiáticas orientados para o aproveitamento social, político e militar do fato “terrorista”.

A Guerra Antiterrorista (uma variação complementar da Guerra de Quarta Geração) confunde as fronteiras tradicionais entre “front amigo” e “front inimigo” e situa como eixo estratégico de disputa a guerra contra um inimigo universal invisível, disseminado por todo o planeta: o terrorismo.

A lógica do “novo inimigo” da humanidade, identificado com o terrorismo depois de 11 de setembro, se articula operacionalmente a partir da “Guerra Antiterrorista”, que compensa a desaparição do “inimigo estratégico” do capitalismo no campo internacional da Guerra Fria: a União Soviética.

A “guerra preventiva” contra o “terrorismo” produz um salto qualitativo na metodologia e nos recursos estratégicos da Guerra de Quarta Geração a serviço dos interesses imperiais da potência hegemônica do sistema capitalista: Estados Unidos.

A guerra entre potências, expressa no confronto Leste-Oeste, desaparece com a União Soviética e é substituída, a partir do 11 de setembro, pela “Guerra Antiterrorista” liderada por todas as potências e pelo império (Estados Unidos) contra apenas um inimigo: o terrorismo “sem fronteiras”.

O desenvolvimento tecnológico e informativo, a globalização da mensagem e a capacidade de influir na opinião pública mundial converteram a Guerra Psicológica Midiática na arma estratégica dominante da 4GW, em sua variação “antiterrorista”.

As operações com unidades militares são substituídas por operações com unidades midiáticas e a ação psicológica substitui as armas no teatro da confrontação.

Desta maneira, a partir do 11 de setembro a “Guerra Antiterrorista” e a “Guerra Psicológica” formam as duas colunas estratégicas que sustentam a Guerra de Quarta Geração, com os meios de comunicação convertidos em novos exércitos de conquista.

2. Guerra Psicológica (ou Guerra sem fuzis)
Na definição conceitual atual, a coluna vertebral da Guerra de Quarta Geração se enquadra no conceito de “guerra psicológica”, ou “guerra sem fuzis”, que foi assim chamada, pela primeira vez, nos manuais de estratégia militar da década de setenta.

Em sua definição técnica, “Guerra Psicológica” ou “Guerra Sem Fuzis” é o emprego planejado da propaganda e da ação psicológica orientadas a direcionar condutas, em busca de objetivos de controle social, político ou militar, sem recorrer ao uso das armas.

Os exércitos militares são substituídos por grupos de operação descentralizados, especialistas em insurgência e contrainsurgência e por especialistas em comunicação e psicologia de massas.

O desenvolvimento tecnológico e informático da era das comunicações, a globalização da mensagem e as capacidades para influenciar a opinião pública mundial converteram as operações de ação psicológica midiática na arma estratégica dominante da 4GW.

Como na guerra militar, um plano de guerra psicológica está destinado a: aniquilar, controlar ou assimilar o inimigo.

A guerra militar e suas técnicas se revalorizam dentro de métodos científicos de controle social e se convertem em uma eficiente estratégia de domínio sem o uso das armas.

Diferentemente da guerra convencional, a Guerra de Quarta Geração não se desenvolve em teatros de operação visíveis. Não há frentes de batalha com elementos materiais: a guerra se desenvolve em cenários combinados, sem ordem aparente e sem linhas visíveis de combate; os novos soldados não usam uniformes e se misturam aos civis. Já não existem os elementos da ação militar clássica: grandes unidades de combate (tanques, aviões, soldados, frentes, linhas de comunicação, retaguarda, etc.)

As bases de planejamento militar são substituídas por pequenos centros de comando e planejamento clandestinos, desde onde se desenham as modernas operações táticas e estratégicas.

As grandes batalhas são substituídas por pequenos conflitos localizados, com violência social extrema e sem ordem aparente de continuidade.

As grandes forças militares são substitutídas por pequenos grupos de operação (Unidades de Guerra Psicológica) dotados de grande mobilidade e de tecnologia de última geração, cuja função é detonar acontecimentos sociais e políticos mediante operações de guerra psicológica.

As unidades de Guerra Psicológica são complementadas por Grupos de Operação, infiltrados na população civil com a missão de detonar casos de violência e conflitos sociais.

As táticas e estratégias militares são substituídas por táticas e estratégias de controle social, mediante a manipulação informativa e a ação psicológica orientada para direcionar a conduta social em massa.

Os alvos já não são físicos (como na ordem militar tradicional), mas psicológicos e sociais. O objetivo já não é a destruição de elementos materiais (bases militares, soldados, infraestrutura civil, etc.), mas o controle do cérebro humano.

As grandes unidades militares (barcos, aviões, tanques, submarinos, etc.) são substituídas por um grande aparato midiático composto pelas redações e estúdios de rádio e de televisão.

O bombardeio militar é substituído pelo bombardeio midiático: os símbolos e as imagens substituem as bombas, mísseis e projéteis do campo militar.

O objetivo estratégico já não é somente o poder e controle de áreas físicas (populações, territórios, etc.), mas o controle da conduta social em massa.

As unidades táticas de combate (operadores da guerra psicológica) já não disparam balas mas símbolos direcionados a conseguir o objetivo de controle e manipulação da conduta de massa.

Os tanques, fuzis e aviões são substituídos pelos meios de comunicação (os exércitos de quarta geração) e as operações psicológicas se constituem em arma estratégica e operacional dominante.

3. O Alvo
Na Guerra sem Fuzis, a Guerra de Quarta Geração (também chamada Guerra Assimétrica), o campo de batalha já não está no exterior, mas dentro de sua cabeça.

As operações já não se traçam a partir da colonização militar para controle um território, mas a partir da colonização mental para controlar uma sociedade.

Os soldados da 4GW já não são militares, mas especialistas de comunicação em insurgência e contrainsurgência, que substituem as operações militares pelas operações psicológicas.

Os projéteis militares são substituídos por símbolos midiáticos que não destroem o corpo, mas anulam sua capacidade cerebral de decidir por si próprio.

Os bombardeios midiáticos com símbolos estão destinados a destruir o pensamento reflexivo (informação, processamento e síntese) e a substituí-lo por uma sucessão de imagens sem relação com tempo e espaço (alienação controlada).

Os bombardeios midiáticos não operam sobre sua inteligência, mas sobre sua psicologia: não manipulam sua consciência, mas seus desejos e temores inconscientes.

Todos os dias, durante 24 horas, há um exército invisível que aponta para sua cabeça: não utiliza tanques, aviões nem submarinos, mas informação direcionada e manipulada por meio de imagens e notícias.

Os guerreiros psicológicos não querem que você pense na informação, mas que consuma informação: notícias, títulos, imagens que excitam seus sentidos e sua curiosidade, sem conexão entre si.

Seu cérebro está submetido à lógica de Maquiavel: “Dividir para conquistar”. Quando sua mente se fragmenta com notícias desconectadas entre si, deixará de analisar (o que, porque e para que cada informação) e se converterá em consumidor. Quando você consome mídia sem analisar os ques e os porquês, os interesses do poder imperial se movem por trás de cada notícia ou informação jornalística você está consumindo Guerra de Quarta Geração, de ordens psicológicas direcionadas através de símbolos.

As notícias e as imagens são mísseis de última geração que as grandes cadeias midiáticas disparam com precisão demolidora sobre os cérebros convertidos em teatro de operações da Guerra de Quarta Geração.

Quando você consome notícias com “bin Laden”, “Al Qaeda”, “terrorismo muçulmano”, sua mente está consumindo símbolos de medo associados ao terrorismo, “delinquência organizada”, “vândalos”, “grevistas”.

O mesmo acontece no Brasil quando se diz “MST” (movimento dos trabalhadores sem terras, “greve”, “partidos de esquerda”, “sindicalistas”, “blogsujos”.Enquanto isso seu cérebro está servindo de teatro de operações para a Guerra de Quarta Geração lançada para controlar as sociedades em escala local e global.

Quando você consome a mídia sem analisar os porques e para ques ou os interesses do poder imperial que se movem por trás de cada notícia ou informação jornalística, você está consumindo a Guerra de Quarta Geração.

Texto por Manuel Freytas, no Gaceta en Movimiento, reproduzido em espanhol pelo Pedro Ayres em seu blog e traduzido pelo Viomundo, Colaboração: Hornet

Fonte: blog geopolitica Brasil

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Folha de São Paulo - hipocrisia sobre a ditadura militar no Brasil


Leia e analise esse excelente texto de Eduardo Guimarães do blog cidadania sobre o jornal Folha de São Paulo.

Jornal da Ditabranda ataca general sem vergonha
O jornal Folha de São Paulo instiga todo dia seus colunistas amestrados e o seu “noticiário” político contra os governos do PT, talvez mais por raiva de Lula do que por divergir das idéias do partido.

Nessa busca por qualquer chance que veja de desmoralizar seus adversários políticos, o jornal não mede os próprios atos e acaba caindo em contradições como a que passo a relatar.

Diante do rumor decorrente da declaração do novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general José Elito Carvalho, de que “Não há motivo para vergonha no fato de o país ter desaparecidos políticos”, o colunista Clóvis Rossi (grande membro do PIG), na edição da Folha de quinta-feira, fez uma crítica injusta ao governo nascituro de Dilma Rousseff.

Com tal crítica, o jornal desencadeou o que parece ser uma ofensiva para intrigar a nova administração do país com os sempre imprevisíveis militares de pijama, os quais, em pleno século XXI, ainda se pretendem uma força de ocupação do Brasil, um quarto de século depois de terem largado o osso da República.

A crítica de Rossi foi muito simples:
“Começa muito mal a gestão Dilma Rousseff: deveria ter demitido no ato o general José Elito Carvalho. No mínimo, no mínimo, a presidente deveria ter exigido de seu subordinado que emitisse nota oficial explicando as declarações que deu e que, segundo ele, foram mal interpretadas.

Não cabia interpretação nenhuma. O general produziu a mais indecente declaração que ouvi até hoje em 40 anos (…). Achar que se trata de “fato histórico” é zombar do público.

Quer dizer então que os desaparecidos foram tragados por um tsunami, por um terremoto, um vendaval, “fatos” naturais contra os quais não há mesmo remédios nem culpados?(…)”.

Alguns dirão irrepreensível a conclusão do colunista, não é? Um democrata fica naturalmente inclinado por ela, mas só até a medida que reflita um pouco sobre quem está acusando Dilma de tibieza com o general por ele ter dito que a ditadura militar foi menos culpada do que suas vítimas a pretendem.

A foto que está acima do texto é do ato público que o blogcidadania.com.br e seus leitores promoveram em 7 de março de 2009 à porta do jornal Folha de São Paulo. Levamos uns quinhentos amigos até lá para mostrar a nossa “alegria” com a tese do veículo de que a ditadura militar oriunda do golpe militar de 1964 teria sido uma “Ditabranda” por ter matado pouca gente e por ter sido decorrente de “uma guerra entre dois lados” etc., etc.

Como se não bastasse, o fundador da Folha, o falecido Octavio Frias de Oliveira, foi um grande entusiasta e colaborador da ditadura militar principalmente entre 1964 e 1980.

A crítica que esse e outros colunistas da Folha de São Paulo vêm fazendo à presidente da República é injusta porque seu governo está começando e é possível compreender que, em nome de poder realizar com mais tranqüilidade o projeto para o qual foi eleita, ela tenha optado por apenas cobrar explicações e manifestar seu desagrado.

Pode haver um caminho para tal crítica, mas deve-se atentar para quem a faz. Como Rossi e seus colegas podem ignorar que trabalham para um jornal que foi entusiasta da Ditabranda?

Afinal, pelo mesmo “pragmatismo” de Dilma esses colunistas não “demitem” seu empregador por ter tido – e continuar tendo – opinião análoga à do general José Elito Carvalho.

Fonte: http://www.blogcidadania.com.br/2011/01/jornal-da-ditabranda-ataca-general-sem-vergonha/ com algumas adaptações.

Análise do Discurso de Posse da Dilma


Não pretendia analisar o Discurso da Dilma, porque andam insinuando que sou Dilma de carteirinha, o que obviamente não sou. Só me sinto na obrigação de concordar quando uma futura candidata defende teses que sempre defendi. Estou no fundo agindo em causa própria.

Não entendo a grande imprensa, quando não percebe que é do interesse dela defender ideias inteligentes mesmo vindos da oposição, e ajudando assim a implantá-las.

Discursos de Posse são mais autênticos do que promessas eleitorais, embora ainda contenham um monte de platitudes para não "esquecer ninguém".

Vou me concentrar naquilo que ela não precisaria dizer, mas disse por que são coisas que ela acredita, que precisavam ser ditas, segundo ela.

Confronto com a imprensa em minha opinião será uma constante no seu governo. Como já alertei, Dilma não leva desaforo para casa, e sua relação com a imprensa será péssima, não necessariamente por culpa dela.

Brigar por tudo, como muitos de esquerda e direita acham corretos, é contraproducente. O estilo de Dilma é outro. Ela vai comprar muito mais brigas do que Lula, ela é capaz de comprar todas as brigas possíveis, algo que não recomendo, mas é sem dúvida o estilo dela. E é o que um bom "turn around manager" tem que fazer, por isto normalmente não duram muito.

Agora vamos ao que interessa, o que ela não precisaria dizer, mas disse.

Gerar oportunidades
O que mais me chamou a atenção, porque ela citou isto 3 vezes, é que ela iria "gerar oportunidades". Isto é a essência do discurso liberal por excelência. Os liberais acham que as oportunidades é que precisam ser bem distribuídas, enquanto à esquerda, o PSOL, o PSDB, até o PMDB, acham é que a é a renda que precisa ser bem distribuída.

"Gerar oportunidades" significa dar educação, estabilidade econômica, juros baixos, gerar empreendorismo, e se você não aproveitar estas oportunidades para gerar renda, problema seu.

"Gerar oportunidades" é uma guinada radical ao discurso típico da esquerda que era "gerar direitos", direitos que , como todos sabem, são sempre contra alguém, o contribuinte. Oportunidades são sempre a favor de alguém, do consumidor.

Porque a grande imprensa não pulou de alegria? Porque a nossa grande imprensa não é liberal, é conservadora.

Oportunidades, para os outros, é vista como uma ameaça ao "status quo", especialmente aos editores que hoje beiram os seus 65 anos, e estão mais de 40 anos no poder. Isto explica o antagonismo de certos jornalistas que, como todos percebem, não permitem renovação e ascensão jornalística dos mais jovens.

Não são liberais, não querem dar oportunidades a vocês jornalistas mais jovens, mais bem preparados, que sabem usar uma HP 12 C, um Excel, e o Scielo.

Defesa da Classe Média
Dilma também deu ênfase à defesa da Classe Média, uma classe liberal por excelência, a classe do Profissional Liberal, que o próprio nome indica.

Enquanto o PSDB pensa em se refundar, o PT está se reformulando para ser o Partido não mais dos trabalhadores e sim da Classe Média, e assim ficar 20 anos no poder.

Lembre-se que os funcionários públicos são Classe Média, e esta estratégia da Dilma é politicamente inteligente.

Grande empresa
Chamou-me a atenção que ela anunciou que iria incentivar a "grande empresa", até o pequeno agricultor. Não precisava usar o termo "grande empresa", mas usou.

Dilma precisaria agradar a "grande empresa" num discurso público, isto se faz a boca pequena. Ela realmente acredita na Marfrig, Friboi, Brazil Foods. Porque isso faz parte do conceito "empresas de classe mundial", algo que já tratei aqui, que ela reforça na hora de defender a internacionalização da empresa nacional.

Em vez de destruir o imperialismo, como muitos queriam Dilma da entender que vamos competir contra ele. Uma mudança de 180 graus.

Reservas Cambiais
Ela afirmou também que as "reservas continuarão a crescer", contrariando muitos economistas do PT, da oposição e da grande imprensa, que criticaram Meirelles pelo custo destas reservas. Pararam no tempo, Dilma não.

Os liberais e neoliberais deveriam ficar contentes com o discurso, é um progresso e tanto na forma de conduzir uns pais.

Infelizmente, o liberalismo como o socialismo, é o grande pavor dos jornalistas conservadores deste país. Mas o jovem de hoje é liberal, acredita na oportunidade para todos. Vamos aguardar.

Texto original de Stephen Kaniz com algumas adaptações

Fonte : http://blog.kanitz.com.br/2011/01/an%C3%A1lise-do-discurso-de-posse-da-dilma.html#more

domingo, 9 de janeiro de 2011

Política – não basta criticar - você tem que participar


Todo dia alguém reclama da qualidade dos nossos políticos e da incompetência dos nossos governantes. Infelizmente, cada povo tem o governo que produz e merece.

Afinal, não incentivamos os jovens a serem políticos, não ajudamos os mais competentes a se eleger, nem sequer sabemos onde fica a sede do partido político em que votamos, não identificamos quem poderia ser um bom político no futuro.

Pergunte a 100 universitários que profissão escolherá e a maioria responderá administração, medicina, engenharia ou advocacia. Poucos dirão que pretendem seguir a carreira política.

Nenhum país consegue tornar-se uma nação séria e respeitada se a carreira de político não consegue atrair seus melhores cidadãos de uma sociedade. Desde Platão já havia essa constatação.

Deplorar constantemente a qualidade de nossa classe política, sem fazer absolutamente nada para mudar esta situação, é uma atitude cínica e complacente de quem critica.

Temos de fazer algo. Uma das primeiras lições de Administração, é que a qualidade do produto depende dos seus insumos. Se os próprios candidatos são de baixa qualidade, os eleitos também o serão. Existem excelentes políticos no congresso, sem a menor dúvida, mas precisamos aumentar seu número.

Há trinta anos, a sociedade americana, criou um programa chamado Pagers, que podemos adaptar para realidade Brasileira, chamando o programa de Estagiários no Congresso.

Pager era um menino de recados, que levava bilhetes de lá para cá, neste caso entre Senadores e Congressistas americanos em plenário. Ser escolhido Pager era o máximo, uma honra e uma curtição.

Os detalhes devem ter mudado, mas do que me lembro na época, cinqüenta jovens do primeiro colegial, escolhidos pelos colegas entre os representantes de classe ou do grêmio, e com as melhores notas acadêmicas das escolas de cada Estado americano, eram designados Pager por três semanas, e lá iam todos para a capital da república.

Nessas três semanas, entravam em contato com os congressistas e líderes da política americana. Participavam, de certa forma, dos bastidores do poder, ouviam as discussões e as fofocas de plenário e voltavam à terra natal para serem substituídos por outros cinqüenta estudantes. o Final do ano uns 500 passavam pela experiência.

Muitos percebiam que havia algo muito bem mais nobre na vida do que ser médico ou engenheiro. Em vez de se tornarem grandes administradores, ou financistas, alguns desses melhores e brilhantes alunos optaram pela carreira de políticos e escolheram a faculdade apropriada.

No ano passado, ao visitar o Congresso Americano, indaguei qual havia sido o efeito concreto daquele programa. Descobri que 10% dos congressistas americanos atuais e seus auxiliares diretos, eram ex-pagers.

Portanto, alguns dos melhores alunos de cada Estado americano estavam lá, e haviam sido influenciados por aquela singular experiência como pager a mudar de carreira.

Um projeto desses custaria menos de 10.000 reais por mês em alojamento e alimentação, e outros tantos de passagem de avião. Algo uma organização civil há muito tempo deveria ter patrocinado, pois, economizaria para a nação bilhões em impostos em longo prazo.

Um programa brasileiro precisaria de algumas adaptações ou pode muito bem ser diferente. Poderíamos enviar o melhor aluno da escola, com aquele que mostrasse dom político, 2 por escola. Assim, ambos aprenderiam um pouco do outro - o estudioso a ser mais político, e o político a ser mais estudioso.

Os melhores alunos de cada Estado iriam ser Estagiários de Senadores. Os melhores alunos de cada Cidade seriam estagiários de Deputados Estaduais.

Seriam entrevistados pela imprensa, abririam seus blogs, mostrariam as suas ideias para os velhos políticos, seriam heróis nas suas cidades natais e futuros vereadores.

Dezenas de outras idéias obviamente terão de ser desenvolvidas e implantadas para ajudar a melhorar o atual quadro político.

Observação: adaptação do texto original de Stephen Kanitz Publicado na Revista Veja edição 1656, ano 33, nº 27 de 5 de julho de 2000.

Fonte: http://blog.kanitz.com.br

sábado, 8 de janeiro de 2011

Mídia dá tratamentos diferentes a ex-presidentes Lula e FHC

Faz uma semana que Lula deixou o poder e ingressou na mesma galeria de ex-presidentes em que o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ingressou em 2002. Aí terminam as coincidências entre os dois ex-primeiros mandatários da República.

Ao contrário de FHC, Lula deixou o poder sob recorde mundial de aprovação – módicos 87%. FHC deixou o poder com pouco mais de um quarto disso. E essa não é a única diferença entre os dois ex-presidentes.

Desde que Lula deixou o cargo que apanha sem parar da mídia, que implicou com as férias que o governante que sai deixando tanta saudade foi passar em uma instalação militar no Guarujá durante um período em que o Estado tem o dever de garantir a todo ex-mandatário as melhores condições para retomar sua vida.

Depois, a mídia também passou a implicar com a concessão de passaportes diplomáticos para familiares de Lula, apesar de a lei conceder ao Itamaraty a prerrogativa de avaliar subjetivamente a relevância desse tipo de concessão.

Vale, pois, analisar o que diz o decreto da Casa Civil da Presidência da República sob número 5.978, de 4 de dezembro de 2006, em seu artigo 6º, sobre a concessão de passaportes diplomáticos:

Art. 6º Conceder-se-á passaporte diplomático:

I - ao Presidente da República, ao Vice-Presidente e aos ex-Presidentes da República;

II - aos Ministros de Estado, aos ocupantes de cargos de natureza especial e aos titulares de Secretarias vinculadas à Presidência da República;

III - aos Governadores dos Estados e do Distrito Federal;

IV - aos funcionários da Carreira de Diplomata, em atividade e aposentados, de Oficial de Chancelaria e aos Vice-Cônsules em exercício;

V - aos correios diplomáticos;

VI - aos adidos credenciados pelo Ministério das Relações Exteriores;

VII - aos militares a serviço em missões da Organização das Nações Unidas e de outros organismos internacionais, a critério do Ministério das Relações Exteriores;

VIII - aos chefes de missões diplomáticas especiais e aos chefes de delegações em reuniões de caráter diplomático, desde que designados por decreto;

IX - aos membros do Congresso Nacional;

X - aos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União;

XI - ao Procurador-Geral da República e aos Subprocuradores-Gerais do Ministério Público Federal; e

XII - aos juízes brasileiros em Tribunais Internacionais Judiciais ou Tribunais Internacionais Arbitrais.


§ 1º A concessão de passaporte diplomático ao cônjuge, companheiro ou companheira e aos dependentes das pessoas indicadas neste artigo será regulada pelo Ministério das Relações Exteriores.


§ 2º A critério do Ministério das Relações Exteriores e levando-se em conta as peculiaridades do país onde estiverem a serviço, em missão de caráter permanente, conceder-se-á passaporte diplomático a funcionários de outras categorias.


§ 3º Mediante autorização do Ministro de Estado das Relações Exteriores, conceder-se-á passaporte diplomático às pessoas que, embora não relacionadas nos incisos deste artigo, devam portá-lo em função do interesse do País.


Art. 7º O passaporte diplomático será autorizado, no território nacional, pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, seu substituto legal ou delegado e, no exterior, pelo chefe da missão diplomática ou da repartição consular, seus substitutos legais ou delegados.

A relevância mais imediata da concessão de passaporte diplomático a esposa, filhos, netos ou outros parentes próximos de ex-presidentes da República é a de o país honrar os seus ex-mandatários, não submetendo a família do ex-presidente a constrangimento de não ser tratada como aquele com quem viaja.

Por falta de esclarecimento, alguns dizem que os filhos de Lula, por exemplo, não viajarão sempre com ele. Todavia, viajarão com ele, também. E, se não tiverem o passaporte diplomático, a diferença de tratamento na imigração de outros países criará constrangimento para um ex-chefe de Estado, sendo que todas as nações democráticas do mundo honram seus ex-presidentes.

Com FHC, porém, o tratamento sempre foi outro, mesmo no momento imediatamente posterior ao que deixou o governo sob ampla desaprovação da sociedade, em 2002. Desde então, a mídia se encarrega de exaltar seu governo com de sucesso, porém foi desastroso, tanto que até hoje mais de 70% dos brasileiros o desaprovem. E ainda se esfalfa para lhe atribuir os méritos auferidos pelo governo Lula.

Fiscalização das regalias e benesses recebidas pelo ex-presidente tucano, nem pensar. Apesar de invadir a vida privada de Lula sem parar, durante anos a fio jamais incomodaram FHC com a história do filho ilegítimo que gerou com uma jornalista da Globo, que pagou as despesas dela e do filho na Espanha durante todo esse tempo sem que ela produzisse nada que se conheça, jornalisticamente.

As encrencas de outros filhos de FHC, os assumidos por ele, jamais chegaram tão rápido ao noticiário. Só em 2009, 8 anos depois de o tucano deixar o poder, a mídia soltou notinhas sobre Luciana Cardoso, que recebia salários do Senado sem aparecer por lá para trabalhar.

Tais fatos revelam o sentimento que está por trás da diferença de tratamento que a mídia dispensa a ex-presidentes avaliados de formas tão distintas pela sociedade brasileira. Esse sentimento é o medo.

Lula prometeu meter a boca no trombone se a mídia e a oposição fizerem com a presidente Dilma Rousseff o que fizeram com ele, durante o seu mandato. Isso sem contar o fato de que ainda acham que o adversário político se candidatará para a sucessão da presidente, em 2014.

Fonte:http://www.blogcidadania.com.br

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Com outro índice de reajuste, pedágio em rodovias de SP seria 26% mais barato


Os pedágios das rodovias paulistas concedidas em 1998 seriam 26% mais baratos, caso o indexador para reajustes fosse o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - como nas novas concessões - em vez do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Um trajeto de carro entre Ribeirão Preto e São Paulo - um dos roteiros mais caros do Estado - sai hoje por R$ 55,61. Com a correção pelo IPCA, a conta seria de R$ 41,15, uma economia de R$ 14,46 por viagem.

A adoção do IPCA ao longo dos últimos 12 anos teria trazido grande impacto para as concessionárias. Por exemplo, a receita da Autoban, concessão mais rentável do país, que conjuga a operação das rodovias Anhanguera e Bandeirantes, foi de R$ 1,16 bilhão em 2009. Com IPCA, teria rendido cerca de R$ 300 milhões a menos - equivalente a quase metade do lucro de seu controlador, o grupo CCR, no período.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou nesta semana a intenção de rever os contratos de concessão das rodovias, mas não deu detalhes de como será feito esse trabalho. Sabe-se apenas que será tocado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Palo (Artesp), ligada à Secretaria de Transportes. Procurada peloValor, a secretaria não quis se pronunciar, por considerar que as ações do novo governo ainda estão em fase de avaliação.

Não há, no entanto, garantia de que a revisão significará redução dos preços do pedágio. Segundo declarações de Alckmin, o governo buscará um equilíbrio financeiro favorável ao Estado, mas a diferença poderá ser cobrada por meio de mais investimentos das concessionárias, por exemplo.

Mesmo a diferença entre os índices depende do período analisado. Comparando um período menor, as concessões mais recentes, realizadas em 2008, com reajustes pelo IPCA, teriam passado por recomposições menores, se suas tarifas fossem reajustadas pelo IGP-M. Os pedágios seriam hoje 2,5% mais baixos.

Isso porque a crise econômica fez com que os preços das commodities - que têm grande peso na composição do IGP-M - caíssem no período, e assim puxassem o índice para baixo. O cenário mudou a partir de abril e maio do ano passado, e em setembro os preços voltaram a subir, voltando a puxar o IGP-M para cima. O IGP-M encerrou o ano em 11,32% e o IPCA deve ficar perto de 6%.

Os executivos das principais concessionárias que operam em São Paulo costumam fazer pouco caso do impacto dos índices . Segundo eles, no longo prazo, o IPCA e o IGP-M convergem, apesar das oscilações no curto prazo. Por exemplo, depois da crise de 2002, algumas concessões obtiveram reajustes de mais de 30%. Mas em compensação, observam os representantes das empresas, houve reajuste negativo em dois dos anos seguintes em algumas operações.

O caso, dizem, é que o IGP-M tende a ser mais sensível às oscilações de preços e ao câmbio - o qual compõe quase 10% do índice. O IPCA, por representar o preço final ao consumidor, costuma ser menos sensível, pois a cadeia produtiva absorve parte da variação de preços. Em 2002, por exemplo, enquanto o IGP-M foi de 25%, o IPCA foi de 12%. Segundo fontes do setor, a justificativa para a adoção do IGP-M nos anos 90 era que o índice corresponderia melhor à evolução do perfil de custos e investimentos das operações.

Fonte: Valor Econômico - Samantha Maia e Fernando Teixeira - De São Paulo