segunda-feira, 5 de abril de 2010

Jesus Cristo e sua Ação Social

Jesus enfurecia-se com a hipocrisia. Chegou a expulsar comerciantes de um templo a chicotadas ao se deixar tomar por um acesso de fúria e indignação contra o “mercantilismo religioso dos comerciantes e líderes religiosos”. Defendia os pobres e excluídos. Contestava a concentração de riqueza material e propunha divisão da riqueza.
Provavelmente caso o filho de Deus vivesse nos dias de hoje e defendesse seu ideário no Brasil seria chamado de “Populista” ou “Comunista” ou “Atrasado”, pela grande mídia como Veja ou Estadão, Folha ou Globos.
No tempo em que Jesus viveu, não existiam direitos trabalhistas exatamente como querem hoje os neoliberais. O Estado não se intrometia em atividade nenhuma, limitando-se a arrecadar. Todo o resto era privatizado para os amigos do rei. Para deixar que o povo bebesse água de um poço situado nos latifúndios da elite, havia que pagar. O Estado não se metia em uma atividade como essa ou em qualquer outra. Apenas cobrava os impostos para manter “o Rei e seus amigos”.
Jesus, que ousava contestar “a Ordem vigente e o Estado mínimo”, foi destruído pela elite política-religiosa que detinha o poder e riqueza da época.
A tendência da opinião pública era falsificada. Apesar da enorme popularidade de Jesus, a minoria falava mais alto. Era dito ao povo que havia um clamor popular contra o “populista” Jesus Cristo, que, segundo a “mídia” de então, prometeria o impossível a um povo que estaria sendo “intoxicado” com falsas ilusões.
Nenhum deles percebeu, porém, o plano genial de Jesus. E muitos não compreendem até hoje por que o auto-proclamado filho de Deus deixar-se matar pela elite “salvaria” a humanidade, ou melhor, a parte dela que adotasse o ideário cristão. Não perceberam que a auto-imolação do dito Messias, combinada com sua lendária ressurreição no terceiro dia posterior à sua morte excruciante, dividiriam a história em antes e depois de sua passagem pelo mundo (AC-DC).
Jesus Cristo foi um líder extraordinário que hipnotizou as massas com seu discurso então surpreendente sobre “igualdade”, que difundiu a esperança de uma vida melhor mesmo sendo do outro lado da vida. Ele sabia e isso é o mais espantoso que o egoísmo humano jamais seria vencido, mas também sabia que o amor sobreviveria para travar, até o fim dos tempos, a eterna luta do bem contra o mal, a luta que é a sina de todos nós. Alguns de um lado, outros do outro.
Texto baseado no artigo O “populismo” de Jesus Cristo escrito por Eduardo Guimarães em 04/04/10 http://edu.guim.blog.uol.com.br/