Já se começa
a falar em “desglobalização”, onde a ideia de estado-nação começa a ganhar
força. E, então, eu me pergunto: como ficarão as organizações, com suas
estruturas matriciais? Vocês devem estar se perguntando: e eu,
latino-americano, como fico, neste contexto?
Podemos
encarar dois caminhos bastante distintos, porém igualmente viáveis: no afã de
se protegerem, as multinacionais, com problemas sérios em suas casas matrizes,
vão centralizar ainda mais o poder em seus países de origem e nas filiais
ficarão as posições mais de execução e menos estratégicas e, cada vez, menos
seniores.
Dentro desse
contexto, você ou qualquer profissional que trabalhe nas filiais em outros
países, terá que se reinventar para conquistar seu “lugar ao sol”. Isso é ruim?
Não. É ótimo! Vai tirá-lo da zona de
conforto, colocá-o em movimento e principalmente vai capacitá-lo ainda mais.
Outro
caminho seria a partir de estruturas matriciais, tão cheias de superposições e
controles excessivos, chegando a um nível de estresse tamanho e levando a
resultados catastróficos que levassem os acionistas a exigir mudanças rápidas
nessas estruturas.
Nesse caso,
como sempre acontece nos ciclos dentro das organizações, ter-se-ia a volta de
estruturas – menos verticais, mais horizontais – com as filiais em outros
países mais soberanas, ou seja, haveria mais respeito a diferenças culturais
dos países. Voltar-se-ia, então, para
uma administração menos centralizada e, em todos os países, as posições se
tornariam ainda mais estratégicas. Para você ou para todos os profissionais e
também para as empresas locais, um mar de oportunidade e de crescimento.
Dentro
desses cenários, o que gostaria de deixar como mensagem é que em qualquer
situação nós devemos ter o papel de protagonistas, sempre perguntando: “O que
eu não estou fazendo e que, começando a fazer, tendo a viabilizar os resultados
que quero?”; “O que EU posso fazer para garantir o meu sucesso em relação à
minha carreira e/ou à minha vida?”. Só dessa maneira, tomando as rédeas da sua
vida, terá sucesso, independentemente do cenário atual.
Texto de Irene
Azevedo- Colaboradora do Blog do Monster, diretora de negócios da consultoria
LHH|DBM e professora de gestão de pessoas na BBS Business School.
Fonte: www.administradores.com, 26 de março de
2013