terça-feira, 26 de março de 2013

O que será das multinacionais na “desglobalização”?


Já se começa a falar em “desglobalização”, onde a ideia de estado-nação começa a ganhar força. E, então, eu me pergunto: como ficarão as organizações, com suas estruturas matriciais? Vocês devem estar se perguntando: e eu, latino-americano, como fico, neste contexto?
Podemos encarar dois caminhos bastante distintos, porém igualmente viáveis: no afã de se protegerem, as multinacionais, com problemas sérios em suas casas matrizes, vão centralizar ainda mais o poder em seus países de origem e nas filiais ficarão as posições mais de execução e menos estratégicas e, cada vez, menos seniores.
Dentro desse contexto, você ou qualquer profissional que trabalhe nas filiais em outros países, terá que se reinventar para conquistar seu “lugar ao sol”. Isso é ruim? Não. É ótimo!  Vai tirá-lo da zona de conforto, colocá-o em movimento e principalmente vai capacitá-lo ainda mais.
Outro caminho seria a partir de estruturas matriciais, tão cheias de superposições e controles excessivos, chegando a um nível de estresse tamanho e levando a resultados catastróficos que levassem os acionistas a exigir mudanças rápidas nessas estruturas.
Nesse caso, como sempre acontece nos ciclos dentro das organizações, ter-se-ia a volta de estruturas – menos verticais, mais horizontais – com as filiais em outros países mais soberanas, ou seja, haveria mais respeito a diferenças culturais dos países.  Voltar-se-ia, então, para uma administração menos centralizada e, em todos os países, as posições se tornariam ainda mais estratégicas. Para você ou para todos os profissionais e também para as empresas locais, um mar de oportunidade e de crescimento.
Dentro desses cenários, o que gostaria de deixar como mensagem é que em qualquer situação nós devemos ter o papel de protagonistas, sempre perguntando: “O que eu não estou fazendo e que, começando a fazer, tendo a viabilizar os resultados que quero?”; “O que EU posso fazer para garantir o meu sucesso em relação à minha carreira e/ou à minha vida?”. Só dessa maneira, tomando as rédeas da sua vida, terá sucesso, independentemente do cenário atual.
Texto de Irene Azevedo- Colaboradora do Blog do Monster, diretora de negócios da consultoria LHH|DBM e professora de gestão de pessoas na BBS Business School.
 Fonte: www.administradores.com, 26 de março de 2013