segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Poder dos "M's": Mercado, Multinacionais, Mídia, Marketing, Marca, Moda e Messenger




O primeiro M - é o Mercado. Entende-se por mercado todas as relações de compra e venda, seja ela entre pessoas, instituições ou países. O comércio internacional hoje é uma das atividades mais importantes de toda a história da humanidade. Um exemplo disto é uma placa que se encontrava na entrada de um grande depósito em Portugal e na qual constava "Se você não sabe o que quer, entre que nós temos". Com esse exemplo conseguimos enxergar que existe uma grande demanda criada pelo mercado.

O segundo M - é o representado pelas empresas Multinacionais (ou Transnacionais) que desenvolvem seus produtos todos voltados para o mercado internacional. Essas empresas que eram em 1960 aproximadamente 3.000 (três mil) chegam ao final dos anos 1990 com um número estrondoso de 60.000 (sessenta mil). São essas empresas que comandam todo o processo econômico global a partir, entre outras coisas, da aplicação da relação custo-benefício.

Com o processo de desterritorialização graças às três revoluções que sustentam a globalização (Meio de Transportes, Meios de Comunicação e Revolução Tecnológica) as fronteiras caem e a soberania dos países vê-se ameaçada. O Poder econômico das multinacionais passa por cima das fronteiras e do poder dos governantes abalando assim a própria base jurídica do Estado que é o território.

O terceiro M - é representado pela Mídia. Esta que era até bem pouco considerada o quarto poder hoje praticamente se constitui como um segundo poder. Podemos até dizer, em linguagem futebolística, que é ela que faz o meio de campo para a vitória das transnacionais. Pode-se ainda atribuir à mídia a denominação "braço armado" do processo de globalização, tal a guerra que ela provoca bombardeando nossas consciências defendendo que sempre precisamos de algo mais para nos inserir neste mundo que não é mais nem capitalista, nem socialista, mas materialista e hedonista (prazer imediato e individualista).

A mídia criou um novo tipo de sociedade que um grande pensador francês, Guy Debord, denomina "A Sociedade do Espetáculo", a qual sugere um determinado modo de vida e a compra dos mais diversos tipos de produtos que preenchem a cada dia novas necessidades que este M poderoso, da mídia, cria.

O quarto M - é representado pelo marketing. A partir de 1960, o marketing ganha uma força monumental e cujo principal objetivo é "criar necessidades", ou melhor, ainda, vender aquilo que não queremos comprar.

O quinto M - é representado pela “marca”, que alimenta a cadeia do consumo, que faz a alegria das multinacionais. Tudo hoje, no mundo das compras, é regido pelas marcas, desde as fraldas de um recém nascido até o desespero dos mais velhos em consumirem vitaminas e suplementos produzidos pelas grandes farmacêuticas multinacionais com o intuito de estender a vida humana no planeta.

Com a globalização, o "Logo" das grandes empresas multinacionais vale mais do que todo seu ativo fixo, Como por exemplo, a Coca-Cola, Nike, Xerox entre outras que tem seu logotipo mundialmente conhecido e valorizado. Uma criança de apenas 3 ou 4 anos de idade hoje já identifica os produtos do McDonald`s. Bastando para isso apenas ver o logotipo desta rede mundial de fast-food que pelo marketing acaba despertando a sua vontade e necessidade de consumir tais produtos.

O sexto M - é a moda, que vem como conseqüência da marca que é trabalhada insistentemente pelos meios de comunicação que usam para isso grandes nomes da televisão, cinema e do esporte como referências do consumo de determinados produtos e marcas.

O sétimo M - é mais recente e ganha proporções, sobretudo entre os jovens, é o Messenger. Ele é um meio de comunicação e pode ser entendido como uma grande revolução nos meios de comunicação. Além de aproximar o mundo com conversas é onde os jovens têm desenvolvido a maior parte de seus diálogos e relações sejam elas benéficas ou maléficas como amizades ou tormentos nas vidas alheias (Bullyng, Fraudes, Crime Virtual, que normalmente vem junto com o crime organizado, entre outros).

Fonte: adaptação do texto Globalização Cultural - A Pior das Globalizações de Elian Alabi Lucci em http://www.saraivaeduca.com.br/