quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pequenas Empresas Brasileiras: Pequenas no Tamanho, Gigantes na Importância


As pequenas empresas no Brasil nunca foram tantas e nunca tiveram tanta importância econômica.

Segundo um estudo recente publicado pelo SEBRAE (Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) o Brasil já tem aproximadamente 6 milhões de micro e pequenas empresas, colocando o país no topo dos países mais empreendedores do mundo, esse total de empresas correspondendo a 97% de todas as empresas do país, ficando apenas 3% do total com as empresas médias e grandes.

Essa é uma tendência mundial: na era da informação acessível e barata, o mercado nunca esteve tão voltado ao empreendedorismo. Esse fato também se reflete no contexto do curso de administração de empresas: grande parte do alunos tem como objetivo fundar uma nova empresa.

As novas tecnologias tem permitido e barateado a fundação de novas empresas no Brasil e no mundo. No Brasil em especial, esse boom de novas empresas é um fenômeno recente, foi iniciado na década de 1990, após o Plano Real.

Durante as décadas de 70 e 80 não havia um ambiente propício para o desenvolvimento de novas empresas no Brasil: havia instabilidade política ( ditadura ), defasagem tecnologica ( a economia estava fechada para inovações e tecnologias extrangeiras ) e também instabilidade econômica ( super-inflação ).

Nesse período pouquíssima gente do curso de administração de empresas tinha como objetivo abrir uma nova companhia. E estavam certos: em um cenário como esse dificilmente uma micro-empresa poderia sobreviver.

Ao contrário daqueles tempos, hoje em dia o tema empreendedorismodesperta um grande interesse na sociedade Brasileira. Esse fenômeno já aconteceu em outros países em épocas anteriores.

Nos Estados Unidos, por exemplo, onde durante o meio século 20 houve um grande boom econômico, foram fundadas mais de 1100 faculdades e escolas de Administração de empresas com enfase em empreendedorismo nos últimos 50 anos, formando gerações inteiras de novos empresários e empreenderores.

As pequenas empresas no Brasil empregam aproximadamente 52% de todos os trabalhadores urbanos do país (aproximadamente 13 milhões de empregos com carteira assinada) e geram 20% do PIB Brasileiro, sendo também hoje em dia o principal mercado que absorve a mão de obra formada nos cursos de administração de empresas.

Justamente por serem menores, mais dinâmicas e menos burocráticas, muitas das pequenas empresas brasileiras estão concorrendo diretamente com as grandes, principalmente em serviços.

Mas como as grandes em geral tem um maior poder econômico (podem vender a um preço mais baixo, devido a grande quantidade de vendas) as pequenas tem de aplicar a risca os preceitos da boa administração de empresas: reduzir custos, melhorar a produtividade e evitar o desperdício (tanto de tempo, quanto de dinheiro).

Esse é justamente o ponto: nem sempre uma boa idéia e trabalho sério é capaz de manter uma empresa… ainda segundo o SEBRAE, 27% de todas as novas empresas fundadas no Brasil acabam fechando as portas no primeiro ano de vida, daí vem a importância do embasamento teórico da administração de empresas para estas companhias.

Segundo a pesquisa, plano de negócios, planejamento de longo prazo, controle de riscos, controle patrimonial e reinvestimento são conceitos de administração de empresas que devem ser aplicados sistematicamente nas micro-empresas.

Fonte: guiadacarreira