Informes de agências de notícias que circularam nesta segunda-feira na Líbia, na Sérvia e na Rússia relatam a primeira aparição do coronel Muammar Gaddafi após a notícia de sua morte, durante os conflitos ocorridos naquele país, ano passado.
De acordo com a agência internacional de notícias RicTV, Gaddafi teria falado aos líbios na transmissão da uma rádio argelina.
O líder líbio, que teve sua morte atestada por meios oficiais do novo governo daquele país, estaria vivo, na verdade, e refugiado no país vizinho, de onde articularia uma reação à tomada do poder por tribos rebeldes que contaram com o apoio das forças da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan).
Estas mesmas fontes garantem que o homem confundido pelos rebeldes era um primo distante de Gaddafi, chamado Ali Madzid Al Andalus. O sósia era famoso em Sirte, onde vivia e morreu, por sua aparência similar à do então governante. Ouvida pela agência RicTV, a família dele confirma sua morte em 20 de outubro do ano passado, mesma data atribuída ao assassinato de Gaddafi. Fontes independentes também confirmaram aos jornalistas que o dirigente líbio estava distante de Sirte em 20 de outubro.
– A proclamação da resistência e um grande apoio moral está circulando nestes dias. Coube aos colonos a violência contra a Líbia. Tudo se fez em nome de uma falsa revolução. A todos os filhos da honesta Líbia, os filhos dos Mujahideens (guerreiros) e os filhos dos comandantes Mujahideens, o sol brilhará depois de uma longa noite e o que se necessita saber por agora é que a vitoria está próxima. A libertação está próxima – assinala a transmissão atribuída a Gaddafi.
Segundo a agência de notícias, com base na Espanha, a mensagem foi dirigida às “unidades de segurança internacionais, unidades de segurança de tribos, aos soldados dos batalhões, ao Batalhão 32 e aos líbios Mujahideens e livres”. Ainda segundo as transmissões, confirmadas pela agência argelina de notícia Algeria ISP, a resistência deverá ser lançada em operações em todas as regiões, “de leste a oeste”. Gaddafi também teria pedido aos líbios para se unirem aos combatentes da resistência e para lançar ataques, “até pedras”, contra os insurgentes. Ele também teria pedido aos combatentes de regiões distantes para intensificar as operações “contra os traidores que venderam a Líbia”.
segundo o informe
– ainda não confirmado por fontes independentes – teria nomeado o filho, Saif al-Islam, como “um membro da resistencia que nos motivará para a libertação de Líbia”. Gaddafi teria encerrado seu pronunciamento com a garantia de que nunca dividirá a Líbia.
– A Líbia nunca se converterá em um emirado de Qatar ou nos Emirados Árabes Unidos, nem em uma colônia da França ou de outros países ocidentais – ressalta o comunicado atribuído a Gaddafi.
Além dos integrantes do exército leal ao então regime de Gaddafi, o líder líbio também convocou “as tribos de todas as regiões, os argelinos, tunisianos, iraquianos e os sírios a permanecerem contra os ratos e seus mercenários”.
Em relato similar, publicado no sítio da Algeria ISP logo após a divulgação da morte de Gaddafi, uma outra versão de que ele estaria vivo e bem e saúde.
Fonte: Correio do Brasil