A publicação do Decreto 7.175/2010, que estabeleceu o PNBL e reestruturou a Telebras, pondo-a de gestora do plano, gerou efeitos já mensuráveis no mercado de Internet nacional: conforme pesquisa da estatal, só a divulgação do decreto já baixou os preços praticados em até 30%.
O estudo é assinado por Lilian Bender Portugal, da diretoria Comercial da Telebrás. Segundo ela, a meta foi identificar os preços praticados antes e depois da publicação do decreto.
Para a realização da pesquisa, foram analisados mercados de 30 localidades do país e avaliados valores cobrados por três operadoras do segmento de atacado (venda de capacidade para provedores de serviços web).
Os resultados colhidos indicam uma redução média de 11,9% em uma primeira versão da pesquisa.
Já em um segundo levantamento, os preços caíram 18,93%, chegando à queda de 28,92% em uma terceira análise.
Conforme Caio Bonilha, presidente da Telebrás, apesar de ter sido realizada em 2010, a pesquisa ainda é válida.
Um dos motivos, segundo ele, é que o mercado brasileiro reage ao PNBL e à atuação da Telebrás com oferta de preços mais competitivos, em função de fatores como a chegada do acesso web, com o Plano, a localidades antes ignoradas.
Além da reação nos preços de oferta de acesso à Internet, o estudo também identificou uma forte concentração no mercado de infraestrutura web no país.
Conforme os dados levantados, os 1576 provedores identificados são atendidos majoritariamente por quatro empresas: Oi, NET, Telefónica e GVT.
Juntas, as quatro companhias ficam com 90% do mercado de banda larga nacional. Entre elas, a Oi lidera em participação, com fatia de 32%. Em seguida vêm Net/Embratel, com 26%; Telefonica, com 24%; e GVT, com 8%.
http://www.baguete.com.br/noticias/telecom/01/08/2011/com-efeito-telebra...