Embora os líderes partidários tenham passado quase um ano discutindo um acordo para votar o texto em plenário, não houve consenso entre governo, oposição, ambientalistas e ruralistas, e o projeto deve passar por mudanças no Senado Federal, o que o obrigaria a voltar à Câmara dos Deputados.
Líder do governo na Câmara, o deputado Cândido Vaccarezza afirmou que, caso após a aprovação pelo Congresso, o texto não agrade a presidente Dilma Rousseff, ela "não hesitará em usar as suas prerrogativas constitucionais para proteger o meio ambiente". O novo texto aprovado isenta de recompor reserva legal as propriedades de até quatro módulos fiscais.
Outro ponto sensível, a permissão de plantios em APPs (áreas de preservação permanente) ainda deve ser definida nas emendas. O governo quer que essa permissão seja de responsabilidade do Planalto, através de decretos presidenciais, enquanto a oposição quer que os Estados definam essas permissões.
Em discurso no plenário momentos antes da votação do texto, Vaccarezza afirmou que o governo não concorda com esses pontos. "Não vamos admitir anistia a desmatadores. Os reincidentes deverão ter pena maior que a primeira agressão. Não vamos concordar com que o ilícito ambiental seja definido no âmbito estadual. Queremos resolver o problema dos pequenos agricultores em APPs de rio, que são milhões, mas sem abrir mão das matas ciliares."
FONTE: Agência Câmara e Agência Brasil